Pai em Coma romance Capítulo 988

Mas Leo tinha que admitir, ao ver o homem que parecia muito com Paulo abraçando Ana, sentiu ciúmes.

Ele estava com uma sensação de que, não importava o quanto se esforçasse, seria em vão. No fundo do coração de Ana, Paulo sempre seria melhor.

Esse sentimento de impotência o incomodava muito; Leo era uma pessoa acostumada a ter tudo sob controle.

- É, talvez eu esteja arrependida. - Murmurou Ana.

Se soubesse que tudo acabaria dessa forma, talvez tivesse escolhido ficar com Paulo. Talvez, dessa forma, ele não teria morrido.

E ela mesma não estaria cheia de inveja por Leo, como as mulheres que ela sempre desprezou.

Um buraco parecia ter sido aberto no peito de Leo, por onde passava um vento gélido, ao ouvir o murmúrio de Ana.

- Então você quer encontrar um homem que se pareça com ele, recomeçar e compensar os erros do passado? - Disse Leo, com os dentes cerrados.

Ana de repente achou tudo muito ridículo e levantou o olhar para encontrar os olhos de Leo.

- E você? Quando você abraça Noemia, já parou para pensar no que eu sentiria? Ou você acha que, como homem, tem todo o direito de fazer isso, enquanto eu, fazendo o mesmo, sou condenada por todos?

- Quando foi que eu e Noemia... Além disso, se alguma vez eu tocasse nela, seria apenas em circunstâncias especiais onde ela precisasse de ajuda. Ela é uma paciente paralisada...

- Não importa como eu estou, você claramente não se importa. Cuide da Noemia, é ela quem realmente precisa de você. Quanto a mim, estou muito bem, não preciso que você se intrometa.

Ana olhou para Leo com uma expressão obstinada, os olhos frios e distantes. Paolo já havia mencionado mais de uma vez que Ana não estava se sentindo bem, mas ele agiu como se não tivesse ouvido.

Então por que agora essa falsa demonstração de preocupação? De qualquer forma, ele não acreditava nela, então não fazia sentido perder mais tempo com palavras.

Leo conhecia o temperamento de Ana; ela claramente ainda estava irritada. No entanto, vendo a aparência debilitada dela, ele não ousava prolongar a discussão. O estado de saúde dela nunca foi dos melhores, e vê-la assim deixava-o incrivelmente angustiado.

- Ana, eu estava errado. Vou te levar ao hospital agora, tudo bem?