O sol nascente tingia o céu do leste com um branco pálido ,e Helena Oliveira despertou lentamente, sentindo o corpo todo como se tivesse sido esmagado.
Ao virar a cabeça, quase tocou aquele rosto perfeitamente bonito, tão perto. Os traços profundos, esculpidos com perfeição, eram de uma beleza incomparável.-
Aquelas sobrancelhas densas, o nariz proeminente e os lábios finos, cheios de uma determinação implacável, fizeram-na engolir em seco involuntariamente.
Com todas as lembranças da noite anterior retornando, o sabor daqueles lábios... ainda fresco em sua memória, era irresistivelmente doce.
Esse homem era absurdamente lindo, e ela sentia que, de alguma forma, havia feito um bom negócio ao entregar sua primeira vez a um homem tão atraente.
Mas... parecia que havia algo de errado.
Esses pensamentos a deixavam insegura.
Ela nem sabia que tinha tal audácia.
Não, ela tinha que ir embora.
Ignorando a dor pelo corpo, levantou-se cuidadosamente, tentando não perturbar o homem ainda adormecido ao seu lado.
Desajeitadamente, escolheu suas roupas espalhadas pelo chão e vestiu-se.
Antes de sair, sussurrou um "desculpe" para a figura na cama.
Apesar de ele também ter aproveitado, ela estava certa de que ele estava completamente lúcido e havia gostado bastante, pois ele não parava, mesmo quando ela implorava.
Ainda assim, ela havia sido a iniciadora, e isso a fazia sentir muito culpada, mas essa culpa teria que ser reprimida.
Sem hesitar mais, ela saiu do quarto silenciosamente.
Quando Helena Oliveira deixou o hotel, um lampejo de frieza cruzou seu olhar. A família Oliveira… ela não deixaria isso passar.
Respirando fundo, ela começou a caminhar com com iniciou seu trajeto dificultoso de volta à universidade, seus passos pesados refletindo o peso de sua exaustão.
Ao passar por uma estrada próxima ao canal, um carro veio em alta velocidade por trás dela, aparentemente fora de controle, indo diretamente em sua direção.
A luz intensa deixou Helena Oliveira completamente cega.
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