Pai por Acaso: a Paixão Insólita e os Quíntuplos Imprevistos romance Capítulo 80

Em seguida, seu olhar varreu a multidão, antes de pousar em Susana Ortega Gomes, oferecendo-lhe um leve sorriso.

"Aliás, hoje foi realmente nosso dia de sorte. Aquela rodovia onde ocorreu o acidente é por onde sempre passamos para levar as crianças. Se não tivéssemos mudado de rota de última hora, poderíamos ter sido pegos no centro daquela confusão. Faltou apenas cinco minutos. Parece que foi minha sogra lá no céu que nos protegeu."

Todos ali não eram exatamente ingênuos, ouvindo essas palavras e conectando-as aos acidentes recentes, logo entenderam.

Provavelmente, o que aconteceu hoje tinha algo a ver com Susana Ortega Gomes. Como poderia ser tão coincidente? Paulo Ortega, o azarado... Provavelmente, foi uma retaliação de Hector Ortega, um aviso para Susana Ortega Gomes.

Ao escutar isso, vovô Noel ficou visivelmente alarmado. "Os pequenos não se assustaram, não é?" perguntou ele, com preocupação na voz.

Quando era mais jovem, ele era bastante severo com os mais novos, mas agora, nessa idade, seu coração havia amolecido, especialmente com seus bisnetos quíntuplos, por quem tinha um carinho genuíno.

Os quíntuplos, em uníssono e com vozes claras e determinadas, responderam: "Não se preocupe, bisavô. Somos filhos de nossos pais, somos homens de verdade, não nos assustamos tão facilmente."

Vovô Noel, ao contemplar os rostos idênticos dos quíntuplos e ouvir aquelas palavras sincronizadas, sentiu seu coração se derreter de ternura.

"Vocês realmente são bons meninos, muito corajosos. Daqui a pouco, o bisavô vai recompensá-los por sua bravura."

"Obrigado, bisavô." Os pequenos, radiantes de alegria, se acomodaram de maneira exemplar.

Susana Ortega Gomes não aguentou e gritou, "Hector Ortega, então você suspeitava de mim, foi por isso que atingiu Paulo, como você pode ser tão cruel? Afinal, ele ainda é seu próprio irmão."

O olhar de Hector Ortega esfriou, mas antes que ele pudesse falar, um clarão prateado cruzou seu campo de visão, e logo viu um garfo e uma faca cravados no cabelo de Susana Ortega Gomes.

Eles não esperavam que ela não fosse uma flor delicada, mas sim uma verdadeira guerreira.

Susana Ortega Gomes lentamente se recompôs, mas suas pernas ainda tremiam. O objeto voador quase a atingira de surpresa, ela mal teve tempo de desviar.

Era realmente direcionado ao seu rosto, e ela não teve nenhuma chance de evitar.

Ela engoliu em seco e, tremendo, retirou lentamente o objeto de seu cabelo. Ao ver que era um garfo, quase desmoronou: "Helena Oliveira..."

Era demais para suportar.