Paixão Doce romance Capítulo 360

Cíntia estava passando por um momento muito irritante ultimamente. E tudo foi por causa daquele cara Dimas.

“Este cara diz claramente que desistiu dos planos de Sofia, mas ele ainda me liga frequentemente e me convidou muitas vezes para sair, por várias razões.”

“Ele disse para mim um dia que queria me convidar para jantar com ele em um restaurante recém-inaugurado de um amigo seu porque tinha ganhado um cupom grátis daquele seu amigo; e o dia seguinte ele me pediu para o ajudar a escolher um presente de aniversário para a mãe dele; e em outro dia ele disse que não conseguiu encontrar uma companheira para ir a uma festa de um amigo...”

“Que absurdo! Ele é o homem que não consegue encontrar um parceiro?”

Com o tempo, Cíntia também sentiu o problema e se perguntou se ela lhe havia enviado alguns sinais errados que o levaram a interpretar um pouco mal a relação deles.

Mais tarde, Cíntia estava determinada a não sair mais com Dimas. Ela não tinha sentimentos extras sobre ele e foi melhor não dar para ele a idéia errada. Mas Dimas foi incansável e continuou importunando-a.

Ao ouvir as vibrações de seu celular ao lado, Cíntia virou a cabeça impacientemente, franzindo o sobrolho.

Após um momento de silêncio, o telefone vibrou novamente.

Não houve fim para isso. Cíntia pegou o telefone assim que pôde:

- Não te disse que não tenho tempo? Não vou não, você não entende, não é mesmo?

- Qual é o problema, você está fazendo uma birra antes mesmo de eu te contar o que está acontecendo e você não vai?

Ao invés de Dimas, havia uma voz feminina muito familiar do outro lado da linha: Rosa, sua melhor amiga da universidade.

- Sinto muito, Rosa, sinto muito. - Cíntia se apressou em pedir desculpas. Eu não sabia que era você, eu pensei que foi... Sinto muito.

- Bem, acha que eu ainda não te conheço? Não se preocupa, não vou levar isso a sério - sorriu Rosa e brincou -, mas não sei qual dos deuses é tão ingrato a ponto de deixar nossa aluna Cíntia, normalmente tão virtuosa, tão irritada.

- Um homem muito desagradável - disse Cíntia. - Chega de falar dele, por que você queria me ver?

- É aquele grupo de jornalismo universitário do qual fazíamos parte na universidade. Agora os membros de nossa classe querem ter uma reunião, então eles me pediram para perguntar se você está disponível para vir.

- Então, eu...

Cíntia estava um pouco hesitante.

Quando estava na universidade, ela inicialmente se deu bem com os membros de seu clube. Mas depois da falsa acusação de Dália, dizendo que ela foi uma rapariga na boate, todos a xingaram nas costas e ela não queria mais ter contato com eles, então ela deixou o clube de imprensa porque não suportou o olhar estranho dos outros.

Até hoje, ela não podia esquecer a zombaria nos olhos de seus colegas de classe e o desprezo em seus rostos. Era uma dor em seu coração que ele nunca poderia esquecer.

- Rosa, como você sabe, eu não me dou muito bem com eles, então eu vou pular. Não queria muito ver eles.

- Está tudo bem. Agora que todos sabem que você foi acusado injustamente, todos querem te pedir desculpas pessoalmente, então vem e se junta à gente. Mesmo que você não queira ver eles, e eu? Você não quer me ver também? Diga-me, há quanto tempo não nos vemos?

O tom de Rosa era sapiente e rabugento, e como amiga de longa data, então Cíntia não podia dizer não.

- Bem, eu vou, apenas tem certeza de que você está sempre comigo, temo que me sinta desconfortável diante deles.

- Não há problema! - A voz do outro lado do telefone estava alegre. - Prometo que estarei lá para você.

O pensamento do olhar brincalhão de Rosa naquele momento também fez Cíntia sorrir.

Depois de confirmar a hora e o lugar da festa, Cíntia e Rosa conversaram sobre tudo. Havia sempre algo a falar entre as melhores amigas, da vida no exterior às crianças aos conselhos da maternidade... Passaram-se mais de duas horas antes de ambas desligarem relutantemente a chamada.