Papai, posso trocar por uma nova mãe? romance Capítulo 146

Ele não podia culpar ninguém.

Lágrimas de Afonso caíam sem parar.

Ele apenas sentia muita falta da mamãe Eunice agora...

...

Vitória chegou atrasada e, ao ver Igor e eu parados na porta, desacelerou seus passos.

Ela hesitou antes de se aproximar da professora: "Rafael, vamos para casa."

"Mãe..." Rafael se escondeu atrás de Vitória.

Percebendo que algo estava errado, Vitória ficou alerta e tentou levar seu filho embora.

Igor a bloqueou: "Seu filho andou espalhando boatos na turma, fazendo com que todos isolem minha filha."

Seu rosto, habitualmente sem expressão, permanecia calmo como sempre. Mas havia algo inexplicavelmente intimidador: "Como você pretende resolver isso?"

Vitória sentiu Rafael tremendo atrás dela e rapidamente o confortou com um tapinha no braço, sinalizando que estava lá.

Ela perguntou com um sorriso sarcástico: "Como vocês têm tanta certeza de que foi meu filho quem disse isso?"

Eu olhei surpresa para Vitória, que parecia não querer admitir.

A professora falou baixinho: "Todas as crianças na classe disseram que foi ele."

Vitória olhou para Rafael.

Rafael acenou com a cabeça, seu rosto pesado.

Vitória entendeu então que essas coisas realmente tinham sido feitas pelo seu filho.

Ela respirou fundo: "Então, o que ele disse?"

Igor repetiu pausadamente: "Disse que minha filha roubou a mãe de Afonso."

Vitória riu com desprezo: "E não foi o que aconteceu?"

Eu sabia que Igor não estava em posição de responder essa pergunta, então falei calmamente: "Vitória, você sabe melhor do que ninguém que foi Afonso quem primeiro não quis mais a mim como mãe, não foi?"

Eu estava prestes a rebater.

Igor, porém, colocou a mão em meu ombro: "Ou seja, você não pretende cooperar conosco para resolver isso?"

Vitória respondeu como se fosse óbvio: "Além do mais, isso não causou um grande impacto na sua filha."

Igor assentiu: "Entendi."

Então, segurou meu pulso com uma mão e com a outra pegou Sarah, levando-nos embora.

Eu estava insatisfeita: "Ela nem se desculpou com a Sarah! Irmos embora assim, não seria injusto com a Sarah?"

Igor entrou no carro, contornando-me para fechar a porta: "Depois de tanto alvoroço, uma simples desculpa vazia seria o suficiente?"

Eu fiquei surpresa: "O que você pretende fazer?"

"Ela acha que esses boatos não machucam as crianças, não é?" Igor segurava a mãozinha de Sarah.

Ele sorriu, mas havia um frio em seu sorriso: "Então, o mesmo acontecendo com o filho dela, espero que ela também possa manter a calma."