Papai, posso trocar por uma nova mãe? romance Capítulo 150

Desde então, Sarah sentia que, ao vê-la, os avós se lembravam da morte dos pais...

E ela não ousava mais falar com eles. Ela temia que os avós a detestassem.

Quanto mais eu ouvia, mais meu coração doía: "Mas, Sarah, um acidente está fora do seu controle, não está?"

Os olhos de Sarah estavam cheios de lágrimas.

Continuei: "No dia do acidente, independentemente de você estar no carro ou não... Não poderia ter impedido o que aconteceu. Então, não é sua culpa."

Eu abracei Sarah: "Você também é uma vítima."

"Mas..." Sarah começou a chorar copiosamente: "Naquele dia, minha mãe morreu tentando me proteger."

Eu ajeitei o cabelo dela: "Sua mãe te amava muito, Sarah, você precisa saber que, mesmo se ela pudesse escolher novamente, faria a mesma escolha."

Sarah parou de chorar e me olhou atentamente.

Continuei: "Mesmo antes de morrer, ela certamente ficou muito grata por saber que sua filha sobreviveu."

Sarah perguntou, confusa: "É verdade?"

"Sim." Eu falei mais devagar: "Embora ela tenha partido, ela definitivamente deseja que você continue vivendo bem. E não viva sempre culpando a si mesma como hoje."

Sarah ficou em silêncio por um longo tempo antes de finalmente assentir: "Entendi."

Baixei a cabeça e beijei sua testa: "Isso, minha querida."

Igor observava Sarah, sem dizer uma palavra durante todo o tempo.

Normalmente, Sarah amava muito os avós...

Ele sempre se perguntou o que Júlia havia dito a Sarah... Para fazer com que Sarah recusasse ir com os avós.

Hoje... Ele finalmente entendeu o motivo.

Igor sentia um frio incontrolável se espalhando por seu corpo.

De qualquer forma, Sarah ainda era uma criança...

Júlia, como adulta, ao dizer essas coisas para Sarah, não pensou que talvez ela não pudesse suportar?

De volta para casa, o que aguardava Sarah era o treinamento.

Sarah me olhou e eu coloquei de lado o que estava fazendo, pronta para acompanhá-la.

No final, Sarah correu várias voltas.

Após alguns dias de exercício, o condicionamento físico de Sarah melhorou visivelmente e, mesmo aumentando a intensidade hoje, ela conseguiu completar e ainda voltar para a sala de estar por conta própria.

O restante da família já havia jantado.

Na sala, restávamos apenas nós três.

Igor estava na cozinha preparando os ingredientes.

Sarah deitou em meu colo, dizendo baixinho: "Mamãe."

Eu gentilmente afastei os cabelos de seu rosto: "Sim?"

"Os avós me odeiam?" Sarah perguntou de repente.