Papai, posso trocar por uma nova mãe? romance Capítulo 163

"Por que está parado aí sem fazer nada?" O tom de Vitória era severo.

No começo, Afonso se sentia injustiçado ao ouvir isso, mas agora, ele já se acostumara.

Com uma expressão séria, ele saiu pelo portão da escola: "Você veio buscar seu filho, não a mim."

Vitória, tentando não se comportar de maneira inadequada na frente dos outros pais, respondeu: "Não posso buscar os dois ao mesmo tempo?"

"Se pode, então por que quando você vinha buscar o Rafael, nunca me levava junto?" Afonso retrucou. "Agora que tenho um motorista para me levar, não volto com você."

Vitória respirou fundo.

Porém, antes que ela pudesse se acalmar, Afonso já havia entrado no carro do motorista e fechado a porta.

O carro se afastou logo.

...

Pelo retrovisor, o motorista via a expressão feroz de Vitória e sentia um certo receio: "Saindo assim, como vamos explicar isso ao Sr. Guedes?"

Ele era pago por Wesley. E Vitória era a esposa de Wesley...

Ele temia que Vitória falasse mal dele para Wesley e que ele perdesse o emprego.

Afonso tentou tranquilizá-lo: "Não se preocupe, vou explicar ao meu pai, você não tem com o que se preocupar."

O motorista continuava inseguro.

Sem alternativa, Afonso ligou para Wesley na frente dele: "Pai, a mamãe Vitória não está de bom humor... Ela disse que viria me buscar, mas eu não quis entrar no carro dela, você não vai ficar chateado comigo, né?"

Wesley, indulgente, respondeu: "Fique tranquilo, não vou."

"Que bom." Afonso olhou pela janela: "Hoje também vou chegar tarde em casa."

Wesley perguntou: "Vai continuar com a sua mãe?"

Afonso não negou: "Sim."

Desde que percebeu que a bondade de Vitória para ele era toda fingida, ele se sentia vazio, como se tivesse perdido alguém muito importante.

O que Afonso não contou a ninguém era que apenas seguindo sua mãe, observando-a, ele se sentia um pouco mais seguro.

"Eu estava tão orgulhosa. Afinal, quando ninguém falava comigo, eu só me sentia um pouco triste... Mas nem cheguei a chorar."

Ela disse, erguendo o queixo, com um ar de quem buscava elogios.

Apertei o narizinho dela levemente: "Pelo visto, nossa Sarah tem uma grande capacidade de lidar com a pressão."

Sarah fez bico: "Claro, e não olhe para a filha de quem eu sou."

Eu estava prestes a responder.

Mas Igor se adiantou: "É minha."

Sarah se aninhou em meus braços: "É da mamãe."

Igor: "Oh?"

Sarah murmurou, insatisfeita: "Tá bom, também é do papai!"

Ela se aconchegou em meus braços e de repente ficou quieta, apenas brincando com seu cabelo.