Papai, posso trocar por uma nova mãe? romance Capítulo 199

Ela levantou a cabeça enquanto falava, seus olhos cheios de lágrimas brilhantes, fixando o olhar em Wesley.

A mão direita, inconscientemente, repousava sobre o ventre enquanto continuava: "Wesley, pense bem, parece que você também não me ama tanto, nem ao nosso filho. Talvez, eu deveria terminar com esta gravidez."

Ao dizer isso, a voz de Vitória estava claramente embargada pelo choro.

Wesley estava um tanto impaciente, mas não deixou transparecer, sorriu tentando acalmá-la: "Como assim?"

Ele segurou a mão de Vitória, contendo o desconforto que o toque íntimo lhe causava: "Vitória, você sabe, sou um homem direto, não muito acostumado a expressar meus sentimentos verbalmente. Mas vou cuidar de você e do nosso filho. Então, não pense demais nisso, fique tranquila em casa cuidando da gestação."

Dizendo isso, Wesley tirou um cartão e o entregou a Vitória: "Daqui para frente, compre o que quiser por sua conta."

Vitória olhou para Wesley, visivelmente comovida: "Sério, é para mim?"

"Sim." As coisas haviam chegado a esse ponto, mesmo por causa do filho, Wesley não poderia se separar de Vitória.

Mas por alguma razão...

Apenas de pensar que passaria sua vida ao lado de Vitória, sentia uma opressão no peito.

Até mesmo a imagem de Eunice surgia involuntariamente em sua mente.

Vitória guardou o cartão na bolsa.

Wesley tranquilizou Vitória mais algumas vezes, e só depois que ela se acalmou, mencionou que havia muito trabalho pendente na empresa.

Com obediência, Vitória se despediu.

Ela não foi diretamente para casa, mas foi a um shopping nas proximidades, onde fez grandes compras. Somente quando viu que o carro já não podia acomodar mais suas compras, seu humor melhorou um pouco.

Vitória sentou-se no carro.

O motorista deu partida.

De forma serena, Vitória disse: "Vamos para o Grupo Rocha."

Desde que Wesley e Eunice se divorciaram, ele sempre pensava nela.

Respondi calmamente: "O que você tem que eu deveria temer?"

Vitória, triunfante, disse: "Seu marido, seu filho, eu os tirei de você..."

Ela estava orgulhosa.

Em sua visão, interferir na felicidade doméstica de outra pessoa, destruir o casamento alheio e tirar o marido de outra mostrava que ela era uma mulher charmosa.

"O que pode ser tirado de mim, nunca me pertenceu..." Eu disse despretensiosamente: "E eu nunca me ressenti com você por isso."

Vitória respondeu sem hesitar: "Impossível!"

"O único motivo pelo qual te odeio..." Eu expliquei: "É por você ter causado a morte do meu filho."

Vitória ficou em silêncio.

Eu continuei, sem pressa: "Agora você também está grávida, se nos encontrarmos e algo acontecer ao bebê que você está esperando... Todos certamente suspeitariam que fui eu. Não vou correr esse risco."