Papai, posso trocar por uma nova mãe? romance Capítulo 24

"Elas realmente deixaram os dois se casarem, Afonso ainda vai ter dias bons pela frente?"

"Eunice, mesmo que você não pense em si mesma, deveria pensar no Afonso."

"Ele é sua carne e seu sangue."

"Você aguentaria vê-lo sendo maltratado?"

Anteriormente, eu realmente não aguentava.

Sempre pensando nele, temendo que sofresse qualquer injustiça.

Mas o que eu recebia em troca?

Que ele não hesitaria em se machucar, em me machucar, mas também em fazer com que eu, como mãe, cedesse voluntariamente!

Eu não tinha mais vontade de explicar, apenas disse calmamente: "A outra trata ele muito bem."

Minha mãe descontente com minha resposta: "Mas ela poderia tratar ele tão bem quanto a própria mãe dele?"

Eu zombei: "Provavelmente sim, pelo menos agora ele chama ela de mãe todos os dias."

Mamãe franziu a testa, obviamente não esperando que Afonso pudesse fazer algo tão extremo.

Ela não sabia o que dizer, apenas segurou minha mão em silêncio.

Eu, no entanto, tive vontade de abrir a boca e confidenciar naquele momento: "Wesley gosta da outra, Afonso também gosta."

"Nesta casa, eu já me tornei uma estranha."

"Se for assim, então eu também não quero mais essa casa."

"Minha filha." Minha mãe com um olhar de quem mistura pena e resignação: "Afonso ainda é jovem, não sabe o que é melhor, a outra apenas lhe deu algumas doçuras, e ele a seguiu."

"Se por causa dessa pequena coisa, você desistir dele."

"Então, quando a outra e Wesley se casarem, com os esforços dela, com certeza toda a herança ficará para os filhos dela."

"E então, Afonso não receberá um centavo."

Ela analisou meticulosamente os prós e os contras para mim.

Queria que eu soubesse que, se eu desistisse de Afonso, qual seria o trágico destino dele.

Mas ela não sabia que meu coração há muito estava frio e eu já não tinha mais nenhum sentimento de piedade por Afonso:

"Essa é a escolha do Afonso, mamãe, então as consequências devem ser assumidas por ele."

De repente, me senti muito perdida.

Esta cidade é tão grande, mas não há um canto que possa me acomodar.

...

Sem ter para onde ir, e não querendo voltar para casa.

Até o último dinheiro que eu tinha foi usado para comprar um túmulo para a criança, eu estava sem dinheiro e finalmente decidi voltar para o hospital.

Assim que abri a porta do quarto, vi um homem estranho de costas.

Ele estava vestido de terno, de estatura alta.

E estava segurando a mão de uma pequena menina.

Parei na entrada do quarto, olhei para o número na porta para ter certeza de que não tinha me enganado.

Este era o meu quarto.

Eu tomei a iniciativa de falar: "Vocês entraram no quarto errado?"

O homem se virou, estendendo a mão em minha direção: "Não, não entramos no quarto errado, viemos procurar você."