Para Sempre romance Capítulo 105

Achei que Nigel não voltaria mais a me perseguir depois que pulei do prédio com tanta determinação da última vez, mas ele veio.

E não faço ideia de como ele soube de meu endereço.

Estava com muita raiva e queria bater a porta na cara dele, mas Nigel estendeu a mão e me segurou em seus braços. O que ele fez parecia tão familiar.

Ele agiu como se fosse tão natural, de tantas vezes que já fez isso.

Ele fechou a porta com os pés e me carregou para o quarto. E então me colocou na cama e depois amarrou minhas mãos com um cinto enquanto eu me debatia, tornando impossível para mim me libertar.

Estava furiosa, então o ridicularizei e perguntei para ele: "O que você vai fazer comigo?"

Nigel olhou para mim. Seus olhos eram profundos e sombrios. Mas ele não fez nada, só se sentou ao meu lado e esfregou minha cabeça.

"Não aguento mais ficar separado de você", disse Nigel.

Eu perguntei distraída: "O que você quer que eu faça então?"

Eu me senti tão impotente! Presa ali daquele jeito de novo.

"Você pode voltar para mim? Eu te quero de volta."

Não respondi a ele.

"Aria, eu estava tão errado... Absolutamente errado. Eu pensei quando fiz isso... Eu só pensei que..."

Nigel estava incoerente, já disse tudo que podia dizer antes. Pude notar que ele estava mais abalado que nunca. Ao vê-lo assim, também me senti péssima. Eu virei minha cabeça para longe dele para não ter que olhar para a derrota em seu rosto.

"Você pode, por favor, falar alguma coisa?"

Nigel estava muito humilde naquele momento. Eu nunca o tinha visto assim antes. Meus olhos ficaram vermelhos por algum motivo e eu disse: "Não faça isso. Não me deixe desprezar você. Afinal, foi você quem quis ir embora."

Eu implorei a ele na chuva naquele dia... E ele ainda assim me deixou.

Mas e quanto a ele?

Ele só me humilhou e me atacou, dizendo que eu não poderia ter filhos.

"Eu só..."

Falei, interrompendo-o abruptamente: "Não diga que está fazendo isso por mim, chega disso!"

Ele disse com tristeza: "Mas eu fiz isso para o seu próprio bem, é verdade..."

Eu permaneci quieta.

Ele estendeu a mão e acariciou meu rosto suavemente. Uma sensação de impotência cresceu mais ainda em meu coração. Eu simplesmente disse: "Estou com Leo agora."

Nigel perguntou surpreso: "Leo? O quê?"

Falei asperamente: "Aceitei o pedido de namoro dele. E eu não posso traí-lo de novo contigo! O homem de quem eu gostava nove anos atrás era Leo, meu casamento contigo foi um acidente. Agora, concordei em ser dele. Só estou voltando para o caminho certo, como as coisas deviam ter sido."

Nigel me estrangulou de repente. Quase não consegui respirar e percebi que ele realmente queria me matar por eu ter dito isso.

Olhei para Nigel, sufocada. Seu rosto ficou mais sombrio ainda de raiva e ele parecia horrível. No momento em que pensei que fosse morrer, ele me jogou na cama em um instante e mordeu meus lábios com força.

Foi tão doloroso, senti o gosto e o cheiro de sangue descendo pela minha língua. Eu queria estender a mão para empurrá-lo e tirá-lo de perto de mim, mas estava amarrada e indefesa. Chorei e solucei sem parar: "Eu também quero te perdoar, não quero ser tão cruel contigo. Mas, Nigel, nós dois sabemos que não posso deixar o passado para trás... Por sua causa, eu tenho câncer, mesmo eu tendo te perdoado por isso; minha infertilidade também é por sua causa, e eu também te perdoei por isso. Até a cicatriz no meu rosto foi você que fez, mas eu ainda assim te perdoei por ela... Mas naquele dia no portão da igreja, você esmagou a coisa mais frágil da minha vida... "

Como poderia ignorar meu descontentamento e me apaixonar por ele novamente? Depois de tudo que ele fez para me machucar.

Nigel tirou minhas roupas, sem se importar com o que eu me sentia e até com o meu falso namoro. Ele parou no momento em que senti um desespero total e comecei a me debater.

Ele olhou para mim com tristeza e indignação, e havia um desespero indescritível em seus olhos ao ver quem ele se tornou.

Ele me perguntou com voz rouca: "Você vai se casar?"

Cerrei os dentes e menti: "Sim, vou."

"Você vai perder ele."

Essa foi a praga que Nigel me jogou.