Para Sempre romance Capítulo 18

"Vamos fingir que esse 'relacionamento' nunca aconteceu."

Chegou a ponto de até mesmo retirar o amor que fingia por mim. Sorri e disse: "Isso é exatamente o que eu quero".

"Aria, eu prometi me divorciar de você porque sempre devi um casamento à Shirley. Eu não queria te machucar, sinto muito. Me avise se você precisar de alguma coisa."

"O que é isso? Apego à sua ex-mulher?", caçoei e o lembrei: "Não precisa pedir desculpa. Você simplesmente não me ama, e eu não acho que isso seja ruim. Não me diga que você se arrepende do nosso divórcio porque de repente percebeu o que sentia de verdade. Não quero saber se você me ama agora, nem seus sentimentos genuínos pela Shirley! Se isso for verdade, Nigel Grayson, você é um imbecil por correr atrás das coisas que nunca vai ter".

Nigel ficou quieto por um instante. Disse: "Aria Twilight, você não precisa falar assim comigo. Eu admito que me sinto culpado, mas isso não quer dizer que você pode fazer o que quiser".

"Então o que você quer com essa ligação?"

"Sobre a criança, é culpa minha..."

"Pare, eu não aceito suas desculpas. Se você realmente quiser, peça desculpas pra criança, não pra mim. Eu sei o que você tá pensando. Você quer se desculpar comigo pra poder se casar com a Shirley Wade de consciência limpa, não é?"

O silêncio pairou no ar.

Desliguei na cara dele e guardei o celular no bolso do casaco. Depois de pensar muito, acabei mandando uma mensagem dizendo: "Esqueça, não te culpo. De agora em diante, vamos seguir nossos caminhos. Viva bem sua vida com a Shirley, eu também preciso de um recomeço".

Parecia distante e falsa. Nigel não acreditaria em mim se eu dissesse que também não o culpo.

No entanto, tirando o caso de Sunnie, não havia por que culpá-lo.

No final das contas, era tudo culpa minha.

Eu causei tudo isso.

Era a única culpada.

Suspirei, aliviada, e fiquei com mais frio.

Tentei voltar, mas minhas pernas ficaram moles e me ajoelhei de frente para o mar. As ondas à distância vieram em minha direção. Bem quando estava prestes a ser tomada por elas, um par de braços fortes me pegou no colo.

Olhei para cima e perguntei: "Irmão Sean, por que você voltou pra Oak City?".

O homem na minha frente era bonito. Olhou para mim com ternura.

Minha mãe o adotou há vinte anos, mas seus pais biológicos o encontraram e o levaram de volta quando ele tinha quinze anos. Eu só tinha oito quando ele foi embora e não o tinha visto até agora. Normalmente, ligávamos por videochamada pelo celular, mas raramente isso acontecia hoje em dia. Felizmente, consegui reconhecê-lo assim que o vi.

Respondeu: "Estou de licença, então voltei pra Oak City pra te ver".

Após uma pausa, disse: "Você parece infeliz".

"Sim, muito."

"Então volte comigo."

"Não, minha casa é aqui."

"Tudo bem, então vou ficar com você por alguns dias."

"Tudo bem. Obrigada, irmão."

Obrigada por aparecer bem agora.

Sean Christensen me soltou e se agachou. Pediu para que eu me apoiasse em suas costas. Obediente, coloquei os braços em volta do pescoço dele e o ouvi perguntar baixinho: "Você tá tão pálida. Tá doente?".

Disse a verdade: "Sim, tô".

Sean perguntou com calma: "Você foi no médico?".

"Fui. Ele disse que não tem cura."

Perguntou baixinho: "Qual a doença?".

"Câncer. Estou em estágio terminal."

Sean não sabia o que dizer.

Levou-me para casa e ferveu um pouco de água para tomar com remédio para resfriado. Depois disso, deitei na cama e perguntei : "Cadê sua esposa? Da última vez, você disse que vocês iam se separar".

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