Para Sempre romance Capítulo 58

Aquele homem é tão infantil.

Me comprometi e disse, "Você que mude."

Haviam dezenas de quartos diferentes na casa de campo, contendo uma fechadura única para cada porta. Nigel levou uma hora para mudar todas as senhas, mas não parecia nem um pouco cansado de fazer isto.

Ele tirou o terno e a gravata e se sentou ao meu lado, dizendo baixinho: "Me cansei desses números faz tempo. Queria trocar eles para você há tanto tempo".

"Você é tão infantil", eu disse, olhando para ele com o canto do olho.

Ele balançou a cabeça pesadamente e disse: "Não sou! Só me sinto um pouco inseguro."

Antigamente eu tinha ciúmes de Shirley, então podia entender o que ele sentia. Ele estava parecendo comigo, com a Aria daquela época.

Nigel colocou o braço em volta do meu ombro e me puxou para perto. Ele disse com indiferença: "Você gostou do Leo por nove anos e eu não posso deixar isso passar batido. Quando eu soube que você se casou comigo porque me confundiu com outra pessoa, eu fiquei devastado! Eu posso até aceitar e entender que você gostou dele por todos esses nove anos. Eu mesmo queria agradecer ao meu irmão Leo. Porque afinal se ele não tivesse aparecido na sua vida nove anos atrás, eu não teria me tornado o seu homem pelo resto das nossas vidas."

Sim, eu estava disposta a fazer parte da família Grayson.

Eu estava disposta participar disto.

Até mesmo o próprio Presidente Grayson não conseguia acreditar nisto.

"Aria. Pretendo a deixar de lado todas as coisas entre você e o Leo. Só por favor, esquece tudo que eu fiz para você no passado, você pode?"

Ele foi bastante afetuoso hoje.

Essa era um lado de Nigel no qual eu raramente via.

De repente, as palavras de Shirley vieram na minha mente. Se aquele homem realmente me amasse, ele faria de tudo para eu ser a mulher mais feliz do mundo enquanto estivesse apaixonado por mim. Se não...

Se não estivesse, eu seria a pessoa mais miserável da face da terra.

Eu sorri e perguntei suavemente, "Você também era gentil assim com a Shirley?"

Ao ouvir o nome de Shirley, Nigel ficou pasmo. Ele então balançou a cabeça e disse: "Não tenho mais nada a ver com ela."

"Você nunca fez tudo isso para ela mesmo depois de sair com ela por tanto tempo?"

Quis dizer ter se deitado com ela.

Apenas perguntei por curiosidade. Todo mundo tem seu próprio passado afinal de contas. Não tive tempo para me preocupar com tudo sobre ele.

Assim que pensei nisso, senti que havia passado dos limites.

Rapidamente mudei de ideia e disse: "Só vamos fingir que eu não disse nada."

Queria deixar para lá, mas ele explicou com muita seriedade: "Acabei de me formar na faculdade quando conheci Shirley. Naquela época, meus amigos já estavam namorando. Eu era jovem e cheio de vigor, então não queria perder para eles, por isso encontrei uma mulher linda como ela para namorar. Naquela época, eu não fiz nada com a Shirley porque eu não tinha interesse algum nela para falar a verdade. Nosso relacionamento foi só nominal por muitos anos, até que você apareceu... Eu sei, foi tudo um grande mal-entendido."

Ele suspirou e continuou, "Eu não sinto nada pela Shirley, mas não consegui aguentar ver você afastando ela desse jeito. É por isso que eu te culpei em segredo. E te tratei com frieza por três anos depois do nosso casamento... Na verdade, você provavelmente nem sabia o quanto queria ter você em todos esses três anos."

Olhei para ele confusa e perguntei: "Ter o quê?"

"Deitar contigo."

Eu não soube o que dizer.

Se me lembro bem, ele realmente voltava para casa com bastante frequência nos últimos três anos. E sempre que ele voltava, ele fazia amor comigo. Falando nisso, a primeira vez com ele pareceu muito rápida, rápida demais.

E parece realmente que foi a primeira vez dele...

Ele ergueu a mão e acariciou minha bochecha, dizendo: "Como Shirley ficou depois de três anos... Achei que devia a ela um casamento! Mas eu já tinha me apaixonado por você naquela época. Tudo ficou muito confuso, eu simplesmente não entendia o que eu estava sentindo."

Ele dizia constantemente que me amava nestes últimos dias.

Ele nunca foi mesquinho com seu amor nestes últimos momentos.

"Oh", eu disse, "entendo."

Ele e Shirley realmente não tinham nada a ver um com o outro.

Porém, homens tendem a mentir. Eu não acreditaria que seu relacionamento com Shirley fosse tão simples assim quanto ele disse, mas naquele momento optei por não duvidar do que ele me disse.

Nigel abaixou a cabeça e me deu um beijo na bochecha, mas sentiu que só isso não era o suficiente. Sua mão deslizou lentamente para minha camisola.

Nada pode impedir um homem sem-vergonha.

Eu me virei de lado e tentei ignorar o que ele disse. Podia senti-lo ao meu lado. Então, ele passou seus braços ao meu redor e sussurrou suavemente em meus ouvidos: "Não tenho feito isso faz três meses. Quer me ajudar?"

Eu me defendi rapidamente: "Estou menstruada".

"Você pode me ajudar só com a sua mão, Aria."

Logo no minuto em que eu concordei em ser sua mulher novamente, ele já estava agindo dessa forma...

Novamente eu recusei e disse: "Estou com sono."

Ele não disse nada, só segurou minha mão e a colocou lá. Podia sentir a pulsação na palma de minha mão. Logo afastei minha mão e o avisei com o máximo de firmeza que consegui: "Se você continuar desse jeito, eu vou mandar você embora."

Sob a luz fraca da sala, Nigel olhou para mim olhar de pidão. Ele parecia um cachorrinho implorando por comida... Por um instante, quase concordei em fazer isso por ele.

Rapidamente me virei e não olhei para ele de novo.

Felizmente, ele só reclamou pouco. Pouco tempo depois conseguia ouvir ele roncar baixinho ao meu lado. Parecia tão cansado que adormeceu muito rapidamente.

E pensar que ele voou de Janville no meio da noite e depois passou mais de uma hora trocando todas as senhas de cada sala. Deve ter sido realmente cansado.

Forcei a fechar meus olhos. Estranhamente, consegui adormecer logo em seguida. No dia seguinte, mais uma vez meu sono foi interrompido por uma ligação.

Mas era de um número diferente desta vez.

Peguei o celular e ouvi a pessoa chamando meu nome, "Aria".

Eu perguntei calmamente: "Quem diabos é você?"

A ligação também acordou Nigel. Ele pegou o celular da minha mão e o segurou do lado do ouvido só para ouvir a pessoa dizer: "Adivinhe..."

Nigel interrompeu a voz no celular e disse: "Shirley."

E então a voz rapidamente desligou o telefone.