Depois que Willard me disse isso, vi os olhos de Rainee instantaneamente ficarem úmidos e ela tentar escondê-los, como se ela tivesse sofrido uma grande perda e não pudesse encontrar conforto algum nisso. De repente, ela franziu os lábios e parecia ter se decidido.
Não tive coragem de perguntar mais nada sobre qual seria sua decisão, mas Willard continuou dizendo: "Aria, temos que pagar o que devemos a Quincy, ela precisa viver."
Eu perguntei suavemente, "Então você vai falar com a Rainee?"
Willard estava sem palavras.
Ele estava em um péssimo humor e deixou escapar: "Não é da sua conta!"
E então desligou o telefone exasperadamente, como se minha pergunta o tivesse ferido pessoalmente. Guardei meu telefone e disse: "Desculpe, vou falar com ele."
Rainee de repente disse em um tom determinado, "Não precisa. Eu vou lidar com isso sozinha. E não vou aceitar! Quincy não tem nada a ver comigo. Eu não tenho que doar um rim para uma estranha só por um homem. Eu não sou tão altruísta assim. Na verdade, sou mais egoísta do que eu mesma imaginava."
Quanto à última frase, não sabia se era verdade ou não, afinal eu pensei a mesma coisa sobre mim.
Porém, Rainee, que estava na minha frente, parecia ter se transformado em outra pessoa após ter se decidido.
Ela não estava mais parecendo hesitante e covarde como costumava ser.
E então ela me mandou para a entrada da mansão da família Christensen. Quando saí do carro, a vi saindo antes de entrar na mansão. Assim que me virei, me encontrei com um homem.
Não me surpreendi porque sabia que ele viria. Mas queria evitá-lo mesmo assim, só que evitá-lo me fez parecer culpada.
Eu não precisava mais ter medo dele.
Tive que enfrentá-lo com calma e classe.
Não queria falar com ele nunca mais. Queria contorná-lo e entrar na mansão da família Christensen como se não tivesse visto nada, mas ele agarrou meu pulso e disse: "Podemos conversar?"
Semicerrei os olhos para ele e perguntei: "Por quê?"
Por que eu deveria perder meu tempo aqui com ele? Não temos mais nada para falar.
Quando eu estava prestes a gritar para ele me soltar, o homem me carregou em seus braços e me tirou da mansão da família Christensen, me jogando em um carro de repente.
Enquanto eu lutava para sair do carro, Nigel de repente rasgou minha saia e me provocou com um tom ameaçador: "Se você entrar com esse olhar toda desarrumada assim, vai acabar se expondo ao Sean. Por isso, por que você não me segue até... "
Ele fez uma pausa e de repente gritou com uma voz decadente, "Aria, eu só quero conversar! Estou preocupado demais com a sua condição. Você precisa se tratar."
Ele rasgou completamente minha saia, revelando um grande pedaço de pele no meu peito. Olhei para ele com raiva e disse: "E o que meu corpo tem a ver com isso? Qual é o nosso relacionamento agora? Por que você me ataca sempre que aparece? Traz alguma roupa para mim e me deixa em paz logo, ou nosso relacionamento vai ser mais irreconciliável do que já é!"
"Nosso relacionamento já é totalmente irreconciliável. Você acha que eu me importo? Eu só quero te levar para um lugar."
Nigel estava com medo de que eu fugisse, então tirou o cinto que estava usando e amarrou no meu pulso. Depois disso, ele se sentou no banco da frente do carro e dirigiu para bem longe da mansão da família Christensen.
O que Nigel estava fazendo agora era um sequestro! Ele me levou embora à força e me prendeu no carro até uma outra mansão.
Era uma mansão à beira-mar.
Nigel parou o carro na estrada. Ele veio para me levar na mansão. Olhando para baixo de repente e percebendo que minha saia estava molhada.
Ele franziu a testa e perguntou: "Por que estava tão molhada?"
Virei minha cabeça e o ignorei. Ele me segurou em seus braços e entrou na mansão comigo à força, e então encontrou um conjunto de suas roupas para eu colocar.
Seus movimentos eram suaves, como se estivesse tratando de algo precioso, mesmo que sendo à força. Quanto mais ele se comportava assim, mais irritada eu ficava.
Depois de trocar de roupa, ele me abraçou com força e respirou fundo. Ele estava obcecado por mim e disse: "Faz tanto tempo que não sentia o seu cheiro! Tão bom. Senti tanto sua falta nesses últimos dois meses. Quase enlouqueci sem você!"
Cerrei os dentes e disse: "Me deixa ir embora!"
"Por favor, escute o que eu tenho a dizer."
Estava escuro lá fora e as luzes não estavam acesas na mansão. Não consegui ver a expressão de Nigel com clareza. Ele me segurou em seus braços e eu não me incomodei em lutar mais. Eu não poderia escapar de sua prisão de qualquer forma, mesmo que lutasse, seria inútil resistir.
Eu estava exausta. E perguntei calmamente: "O que você quer explicar? Explicar porque você se casou com Emma só porque fez um acordo com Quincy e quer que eu continue viva? Mas o que foi que eu te disse antes? Não preciso da Quincy para me salvar! Não quero que ela cuide de mim, mesmo que isso signifique a minha morte! Mas você não se importou com o que eu queria nem um pouco e ainda por cima escondeu que você e a Emma iam se casar... Nigel, o que te faz pensar que tenho escutar sua explicação agora? Acabou Nigel."
Ele murmurou, "Aria ..."
Nigel me abraçou com força. Agarrei seu braço e o lembrei friamente, "E eu não posso ter filhos!"
"Aria!"
Nigel falou com rispidez. "Eu não permito que você diga isso, eu... sinto muito. Eu só queria que você fosse embora naquele dia, só disse isso para você sair."
Para eu ir embora?
Eu não suportava o fato de Nigel ter de justificar seus erros para mim toda vez que já havia feito. Lutei em seus braços e disse: "Sim, você me expulsou, então pare de me procurar agora e me deixa em paz!"
Eu o encarei e meu coração estava cheio de raiva. Os olhos de Nigel brilharam e ele virou a cabeça e disse: "Não posso, estou preocupado contigo."
Perguntei sarcasticamente: "Com o que está preocupado? Já te disse, estou muito saudável agora, exceto que ainda não posso ter um filho!"
"Não use essa desculpa comigo de novo."
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