O Vício de Amor romance Capítulo 232

- Aquele carro não é de sua família? - Vanderlei olhou para Jorge. Até ele observou a estranheza.

- Acaso... Seu pai também veio? - Vanderlei evitou mencionar Sônia. Na verdade, ele também soube que o carro era de Sônia.

Mas ele não se atreveu a mencionar esse nome levianamente na frente de Jorge.

- O que você acha que aquela mulher quer fazer? - Jorge perguntou de repente.

O homem, que nunca tomou a iniciativa a mencionar Sônia, a mencionou pela primeira vez.

Porque ele soube que muito provavelmente era Sônia quem Natália ia visitar. Quando a loja de LEO foi aberta, Sônia foi visitá-la e lhe deu uma pulseira, que ainda se encontrava no pulso de Natália agora.

Aparentemente, Natália saiu e levou as crianças com o objetivo de a visitar, talvez.

Jorge semicerrou os olhos. Afinal, o que é que Sônia queria fazer aproximando Natália? Qual seria o motivo dela?

- Será que ela pretende ficar mais próxima com você através de Natália? - Vanderlei adivinhou, pois Jorge sempre tratou Sônia de forma indiferente nesses anos.

- Veja, a Sra. Natália já deu à luz a duas crianças para você. Não importa se você a ama, você tem que ser responsável por ela. Ambas as duas crianças são descendentes da família Marchetti. Seu pai também gosta muito deles, sem dúvida. Sônia sabe claramente que você não gosta dela, então se aproximou da Sra. Natália e das duas crianças?

As análises de Vanderlei tinham razão. Mas considerando a inteligência de Natália, ele achou impossível ela não observar nada se Sônia realmente tivesse esse objetivo e ainda levar as crianças para ela ver.

Além disso, esta vez Natália mudou aparentemente a atitude para ele. Se essa mudança fosse totalmente por causa de Sônia, seria muito horrível.

O que é que Sônia falou e fez a ela para a mudar?

- Aliás, sua madrasta também é bastante paciente. Faz muito tempo que ela se casou com seu pai. Ela ainda estava jovem naquela altura, mas não teve filho próprio e te tratou...

Jorge virou a cabeça para ele.

As palavras que Vanderlei queria dizer ficaram congestionadas na garganta. Ele ponderou um pouco e mudou a forma de falar:

- Ouvi dizer que muitas madrastas não prestam atenção aos filhos da ex-esposa do marido, algumas até os abusam. E mais, ela não estava velha quando se casou com seu pai e poderia ter seu filho próprio, mas ela não fez isso, nem te prejudicou. A maior culpa dela foi casar-se com seu pai logo depois do falecimento da sua mãe.

Ele tinha que admitir que Sônia realmente não o prejudicou e também fez sentido o que analisou Vanderlei. Mas ele não podia aceitar mesmo.

Se ele simplesmente aceitasse, como teria uma consciência tranquila enfrentando a sua mãe morta?

- Mande investigar se há outras aldeias ao redor. - Ele teve que apurar se Natália foi ter encontro com ela e o porquê desse encontro.

Vanderlei acenou a cabeça:

- Mando fazer investigação agora mesmo.

Por outro lado, Natália, sentada no carro, olhou para trás de vez um quando, temendo ser descoberta e rastreada por outros.

Felizmente, era muito tranquila essa jornada, nenhum carro passando pela rua.

Em breve, o carro parou na entrada da residência Mancini.

Sônia estava aguardando à porta. Ao ver a chegada deles, ela permaneceu lá, em vez de avançar e dar boas-vindas. Ela não soube como reagir.

No caso dos encontros com as crianças no passado, Natália não sabia a identidade dela.

Mas agora, a situação foi diferente.

- Aquela Sra. também está lá - disse Mariana ao ver Sônia, segurando a mão de Natália.

Natália puxou juntas as duas crianças, se agachou na frente delas para manter o olhar nivelado:

- Teteu, Mari, façam uma promessa à mamãe, tá bom?

- O que é? - perguntou Matheus.

Natália os mandou olhar para Sônia e fez uma apresentação solene:

- Ela é vossa avó Sônia.

- Eu sei. Já a vimos. - Matheus piscou os olhos grandes e não soube porque a mamãe lhe contou mais uma vez.

Natália tocou o cabelo das duas crianças: