Partindo Grávida, Bilionária Sedutora Retorna romance Capítulo 153

No final do leilão de caridade, Leira arrematou um conjunto de joias de pérolas de primeira linha.

Incluía brincos, colar, broche e uma pulseira.

Comparando com o colar de diamantes que valia dezessete milhões, parecia mais modesto.

Quando o leilão acabou, seguiu-se um coquetel.

Leira cumprimentou os organizadores e, acompanhada do Toni, que estava todo arrumadinho e com cara de poucos amigos, saiu do local.

Hathaway, ao ver isso, seguiu atrás deles.

Ela sentia que tinha se dado tão bem com Leira naquela conversa e parecia que a simpatia era mútua.

Então, querendo aproveitar o embalo, pensou em arranjar uma desculpa qualquer para trocar contatos.

No caminho para o elevador, havia um biombo antigo que servia como uma barreira.

Quando Hathaway ia atravessar, ouviu o segurança de Leira, falando num dialeto, perguntar: "Dona, será que não é muita extravagância dar um presente tão caro a alguém que a senhora acabou de conhecer?"

Hathaway sabia que Leira tinha vivido por um bom tempo em um pequeno país na África Ocidental e que quase todos os seus confidentes eram de lá.

Para conquistar ainda mais o afeto de Leira, ela tinha até aprendido a língua do lugar com um professor.

E não esperava que a primeira oportunidade de usar o idioma fosse espionando atrás de um biombo...

"O que você sabe?", respondeu Leira, animada e sem se aborrecer com a repreensão do segurança. "Ontem jantei com aquele velho Joaquim e ele também adorou bastante da menina. Revisei todos os projetos que ela passou e realmente ela é um amor de pessoa... Se o caráter também for impecável, investindo nela corretamente, vai longe."

"Dona, a senhora não tá pensando em...", Toni começou, surpreso.

Ele não terminou a frase, mas Leira assentiu, entendendo: "É, é exatamente isso que estou pensando."

Ela já estava em idade avançada e lidar com os negócios do conglomerado estava cada vez mais difícil.

Apesar de ter uma equipe de gerentes muito competente.Mas sempre é necessário alguém para comandar as operações, senão, aquela sua descendência inútil iria causar uma revolução.

Com isso em mente...

O elevador chegou.

Hathaway, parada atrás do biombo, não continuou a perseguição.

Leira já tinha alguém em mente para ser seu herdeiro?

Tisha Fernandes?

Quem diabos era Tisha Fernandes?

Ela repassou na cabeça todas as famílias ricas com sobrenome Fernandes que conhecia, sem chegar a nenhuma conclusão.

Mas então, aquele segurança tinha dito que era alguém que Leira acabara de conhecer?

Então seria de uma família rica de Cidade Lu?

Havia alguma família de Fernandes em Cidade Lu?

Ela mordeu o lábio, frustrada. Não podia deixar essa oportunidade passar, ainda mais para algum zé-ninguém!

Mas...

Ela estava mesmo com azar com pessoas de sobrenome de Fernandes?

Uma Letícia Fernandes disputando homem com ela, e agora uma pequena riquinha desconhecida querendo passar a perna nela pelo lugar de herdeira!

Enquanto isso, Letícia Fernandes se afastava do social dos homens.

Escondeu-se no banheiro.

E lá, espirrou duas vezes.

"Quem será que tá falando de mim?", murmurou Letícia Fernandes.

Depois, ela pegou o celular na bolsa e viu uma mensagem no WhatsApp de Leira.

Letícia Fernandes já estava mais ou menos com ideia de quem era a avó Leira.

Como era?

Ela estudou Administração.

Leira era uma figura dos seus livros, alguém que nem os tais dos Cindia alcançavam aos pés.

Era um pico inatingível, uma divindade que olhava o mundo de cima.

Ela queria dar um presente para Letícia?

Com os olhos baixos, Letícia Fernandes teve um pensamento súbito.

Se ela se associasse a essa mulher, será que conseguiria controlar o Israel Ferreira?

Assim que o pensamento surgiu, Letícia o reprimiu.

Não tinham laços de sangue nem de amizade, ela deveria ser grata pela bondade recebida, não ficar pensando em levar vantagem.