Partindo Grávida, Bilionária Sedutora Retorna romance Capítulo 2049

Pegou sua pasta, preparando-se para sair.

Sobre a escrivaninha, ainda jazia a reportagem sobre o ano em que Hugo assassinou Sueli.

As edições de jornais de anos anteriores costumavam publicar fotos em grande escala.

Como esta, por exemplo.

A imagem que acompanhava a notícia mostrava Sueli com os olhos arregalados, deitada entre as ervas daninhas.

Gildo jamais poderia imaginar.

Acabara de dizer à Assistente Sueli que Estrela era um empresário sério, que não faria nada de indecoroso com ele.

Contudo, mal havia deixado o quarto do hotel.

E encontrou-se com alguns homens altos e imponentes, com uma aparência ameaçadora, que disseram, "Sr. Pei, nosso chefe gostaria de vê-lo. Por favor, venha conosco."

Gildo lançou-lhes um olhar rápido.

Notou até que um deles trazia consigo uma corda de cânhamo e um saco.

Gildo: "......"

Meia hora depois.

Gildo foi empurrado para dentro de um quarto com carpete, onde o toque aos pés era incrivelmente macio.

Ele se sentia aliviado.

Provavelmente, por ter cooperado o tempo todo, não houve necessidade de usar o saco ou a corda.

Mal havia se equilibrado.

E a porta se fechou atrás dele.

Gildo levantou os olhos e viu uma figura esguia parada diante de uma janela antiga, contemplando distraidamente uma árvore de gingko biloba lá fora.

"Srta. Banes."

Gildo tomou a iniciativa de falar.

Letícia virou-se: "Chegou."

Letícia piscou levemente.

"Sei o que você teme. De fato, por muito tempo, acreditei que foi porque meu pai descobriu o terrível segredo de Luna, então ela decidiu matá-lo para silenciá-lo. Fui consumido pelo ódio por muito tempo, todos os dias pensando em como fazer com que ela pagasse."

Letícia permaneceu em silêncio.

Gildo olhou para fora da janela: "Até que, no meu décimo oitavo aniversário, descobri sem querer que, após a morte do meu pai, foi Luna quem me apoiou secretamente. Fui admitido na universidade dos meus sonhos sem obstáculos, sendo tão jovem, mas alguém estava disposto a investir uma grande soma de dinheiro no meu projeto de pesquisa. E também havia os presentes de aniversário que chegavam pontualmente todos os anos, cada um com uma carta escrita à mão por ela."

A voz de Gildo estava embargada: "Meus avós paternos e maternos, porque eu quis que meus pais voltassem para casa para comemorar meu aniversário, o que resultou em suas mortes, sempre me ressentiram. Eles cuidavam de mim, me tratavam bem, mas eu sabia que me odiavam. Por minha causa, perderam as pessoas que mais amavam. Depois daquele dia, em nossa casa, só havia o dia de luto pelos meus pais, nunca mais meu aniversário."

Quando Romeu morreu.

Gildo ainda era pequeno.

Nina, com apenas três ou quatro anos, naturalmente desejava que seus pais estivessem presentes em seu aniversário.

Ele não sabia que o carro estava quebrado, nem que seus pais morreriam no caminho de volta para casa.

Se tivesse escolha, se soubesse antecipadamente, claro que não optaria por celebrar tal maldito aniversário!

"Só ela me dava um aniversário." Gildo sorriu olhando para Letícia, e então deu de ombros, "Naqueles anos, foram suas cartas e presentes que me mantiveram afastado do abismo. Cada vez que lia 'querido primo', era o momento mais feliz do meu ano."