Partindo Grávida, Bilionária Sedutora Retorna romance Capítulo 2059

Letícia estava subindo as escadas quando recebeu uma mensagem do outro lado do oceano. O medicamento havia sido obtido e estava aguardando a decolagem do avião no aeroporto. Estimava-se que na manhã seguinte, o medicamento seria entregue nas mãos de Letícia.

Naquela noite, Letícia acabou dormindo na sala de descanso do lado oposto. Mike e Adilson não permitiram que ela descansasse no quarto de Israel, temendo que não conseguissem intervir a tempo caso algum incidente ocorresse. Letícia não quis causar mais preocupações a eles. Sem resistir, dirigiu-se diretamente para a sala de descanso oposta.

Provavelmente por estar exausta, Letícia deitou-se e, surpreendentemente, adormeceu rapidamente. Seu sono foi preenchido por sonhos bizarros e fantásticos. Ela sonhou com a delegacia onde Israel havia ficado anteriormente, ainda com a mesma chuva torrencial. Sentada no carro, olhava para o portão da delegacia.

Israel, encharcado e em uma situação lastimável, estava lá fora, acompanhado por um jovem em trapos e coberto de feridas. Havia uma certa semelhança entre o jovem e Israel, mas em seus traços, também se podia notar um pouco da essência de Lucía.

O silêncio imperava ao redor. Letícia, através das cortinas de chuva, trocava olhares com o menino. Não demorou muito até que ela saísse do carro, com um guarda-chuva em mãos, e levasse Israel consigo. Ao olhar para trás, viu o menino ainda parado lá, com os olhos vermelhos e lacrimejantes, um olhar de desamparo direcionado a ela, como se tivesse sido abandonado.

A cena mudou novamente. Ela se viu no quarto de hospital de Lucía, no leito de morte, onde a dor e a esperança se misturavam. Então, Letícia ouviu Lucía dizer: "Tisha, não o abandone. Se você o abandonar, ninguém mais o amará."

Em seguida, ela se encontrava na Mansão Riscas, ouvindo ao longe as reprimendas de Cindia Riscas. Letícia apressou-se em abrir a porta. A família Ferreira, alguns rostos familiares, outros nem tanto, olhava para ela de forma mecânica e estranha, num silêncio sepulcral que dominava a sala. A cena era bizarra.