Partindo Grávida, Bilionária Sedutora Retorna romance Capítulo 64

"Letícia!! Letícia!!" Através do vidro quebrado do carro, João mostrava um rosto tomado pela aflição.

Letícia Fernandes piscou, tentando voltar a si e confirmou com os próprios olhos.

Era mesmo o João.

Ela se esforçou, tentando abrir a porta do carro.

Mas, Tinha trancado o veículo por excesso de precaução, e a porta estava deformada, impossível de se abrir. As chamas cresciam em intensidade.

Letícia Fernandes começou a se desesperar de verdade, temendo que o carro explodisse.

"João, se manda, o carro vai explodir!" Letícia Fernandes gritou, apressada.

Sua voz saiu fraca não sabia se João a tinha ouvido. Ele estava desesperado, tentando arrancar a porta do carro.

A fumaça densa invadia o interior do veículo, a consciência de Letícia Fernandes, que já estava se esvaindo, cedeu de vez, e ela desmaiou. Quando acordou já não estava mais no carro.

A noite havia caído, e ela repousava nos braços de João, um grupo de policiais de uniforme conduzia Xavier e alguns outros para o camburão.

"Acordou, Letícia, você acordou!" A face limpa de João estava manchada pela fumaça, e seus olhos estavam vermelhos como se tivesse chorado, "Está sentindo dor em algum lugar? A ambulância já está a caminho, aguenta firme!"

Letícia Fernandes balançou a cabeça, fraca.

"Como você veio parar aqui?" ela perguntou, "Você não tinha ido embora?"

João balançou a cabeça, com um olhar de mágoa: "Não. Eu comprei uma passagem no mesmo voo que o seu, acabei não indo."

"Sobre o que aconteceu ontem, me desculpa." Letícia Fernandes disse baixinho. "Não tem nada a ver com você." João baixou o olhar, evitando o olhar culpado de Letícia Fernandes, "Aquele Israel Ferreira é um inútil, não conseguiu te proteger. Por causa do negócio dele, você quase se foi!" "É."

Letícia Fernandes fechou os olhos, relembrando a chamada desesperada por socorro que parecia quase ridícula agora. "É a última vez... Você ainda não me disse, como me achou?" indagou ela.

"Vi você entrando no carro", respondeu João. "Segui junto, mas o veículo mudou de direção de repente. Percebi que algo estava errado, dei meia-volta e chamei a polícia. Ao verificar a placa, confirmaram que era um carro recém-roubado..."

Isso aconteceu porque os arredores de Cidade Baylón eram notavelmente desolados. As estradas, embora não muito complexas, tinham muitos trechos sem presença humana e sem vigilância.

Xavier tinha escolhido deliberadamente essa área. "Sorte que te encontrei", disse João, abraçando Letícia Fernandes, visivelmente tremendo.

Letícia Fernandes havia escapado por um triz. Pouco depois, a ambulância chegou. Ela foi cuidadosamente colocada numa maca, e João auxiliou no transporte até o veículo de emergência. O médico realizou um exame básico em Letícia Fernandes."Não é nada sério, vamos começar com um anti-inflamatório."

"Doutor." Letícia Fernandes interveio, "Se não é grave, pode deixar a injeção para lá. Só faz a limpeza dos ferimentos e enfaixa."

"Letícia, tem que ouvir o médico." João falou como quem acalma uma criança.

"Não pode." Letícia Fernandes sacudiu a cabeça.

"Por que não?" perguntou o médico, confuso.

"Estou grávida." Letícia Fernandes respondeu, sem emoção.

João sentou-se ao seu lado, petrificado de surpresa. "Você não sabia?" O médico olhou para João, atônito, "Mas que tipo de marido é você? Sua mulher está grávida e nem para dirigir com mais cuidado? Isso acabou de acontecer, né? Meu Deus! Vamos logo para o hospital fazer um exame, ver como está o bebê!"

"Esses jovens de hoje em dia!!"

O médico continuava a falar, mas João não ouvia uma só palavra.

Grávida...

Letícia estava grávida. O carro foi direto para o hospital.

Letícia Fernandes foi levada às pressas para o pronto-socorro e passou por uma bateria de exames.

"Vocês deram sorte, viu? O bebê está firme aí, mas rolou um susto de aborto espontâneo." O médico, depois de conferir os resultados, receitou um monte de remédio para segurar a gravidez. "Agora é repousar e evitar qualquer zica, hein!"

O coração apertado de Letícia Fernandes deu uma aliviada.

Mas o susto ainda estava lá.

"Obrigado, doutor." Depois, Letícia Fernandes foi mantida no hospital para observação durante a noite.

Quando todo o pessoal da saúde se mandou, ela olhou, meio sem jeito, para o João, que além de falar com os médicos, não tinha soltado um pio.