Partindo Grávida, Bilionária Sedutora Retorna romance Capítulo 644

Encontrou um lugar seguro, incendiou tudo e, com cuidado, mexeu nas cinzas até se certificar de que não sobrou nada. Só então se sentiu tranquila para ir embora.

Voltou para o carro, sentindo a irritação se dissipar aos poucos.

Letícia assinara o contrato de casamento, tornando-se esposa de Israel.

Houve um tempo, na sua ingenuidade, em que ela sonhava secretamente com esse dia.

Antes de simular sua própria morte e fugir dele, eles quase foram buscar a certidão de casamento.

A expectativa e a doçura que sentia naquela época ainda estavam frescas em sua memória.

Quem diria que, depois de tantas voltas, eles acabariam seguindo esse caminho.

Mas agora, aquele sentimento antigo não existia mais.

Ela apenas se sentia exausta, muito cansada, queria apenas apertar o botão de pausa e deixar tudo em paz.

*

Desde que começara a trabalhar para a família Banes, a vida de Nestor nunca fora tão tranquila.

O trabalho estava suspenso, e ele estava impedido de deixar o país.

No início, até de sair de casa ele estava proibido, mas hoje, de repente, essa restrição tinha sido levantada.

Ele não tinha contado para Letícia sobre a proibição de sair do país, então agora que estava livre, também não podia ir visitar YiYi.

No fundo, Nestor sabia o motivo da restrição.

Israel tinha dado um jeito nisso. E ele sabia com que desculpa Israel o tinha amarrado.

Mas Nestor não estava preocupado.

Ao lado do menino, uma menina magricela gritava e tentava se jogar na direção deles, mas foi chutada para longe pelo homem alto.

O garoto estava caído no chão, Nestor não podia ver seu rosto, mas reconheceu a menina.

Era a mesma que ele tinha encontrado na rua e dado brinquedos que comprara para YiYi e Lynn.

Nestor se levantou rapidamente, pagou a conta e correu para fora do restaurante.

Quando chegou lá, já havia gente tentando separar a briga.

"Por que estão batendo no garoto?" "Ele é um ladrão, não podemos bater num ladrão?" retrucou um garoto de uns treze anos, com uma expressão selvagem e nada infantil.

"Eu não roubei nada... nada..." o menino se encolhia, defendendo-se com determinação, "os brinquedos foram um tio legal que deu para mim e minha irmã, foram vocês que roubaram, eu só estava pegando de volta o que era nosso."

Nestor ficou surpreso. Brinquedos? Seriam os que ele tinha dado a eles?