Pequena Flor romance Capítulo 105

Depois do almoço, todos tiveram tempo para passear. Eles só teriam atividades em grupo à noite.

Havia uma rua por perto do hotel vendendo souvenires feitos de conchas. Eram bem originais e todos queriam vê-los.

Algumas colegas pediram a Shawn para ir com elas, mas ele as rejeitou. Avistou Savannah e sugeriu, "Terminou de almoçar? Todo mundo está indo para o mercado, vai também?"

"Ok, é que eu..."

Antes que Savannah pudesse terminar, seu celular tocou e a interrompeu. Era Emmanuel.

"Tio Emmanuel?" Estava chocada, por que a ligação?

"Venha aqui e me faça companhia no iate."

"Mas..."

"Se você não estiver aqui em dez minutos,  nos vemos na ala médica VIP com o Kay."

Emmanuel instruiu brevemente e desligou a ligação.

Savannah colocou a mão sobre o estômago imediatamente e grunhiu, "Desculpe, dor no estômago. Preciso ir ao banheiro."

"Você está bem? É intoxicação alimentar? Vou comprar um remédio para você..." Shawn estava preocupado.

"Não, não, não. Pode ir aproveitar seu dia, eu me cuido."

Ela fugiu. Shawn estava decepcionado, mas era impossível ir com ela se estava doente.

Depois que seus colegas saíram, Savannah foi para o cais.

Emmanuel estava procurando por ela perto do iate.

"Você tem trinta segundos sobrando, dá para perceber que sente falta do Kay, é?"

Savannah ficou assustada e correu para ele.

"Boa menina!"

Emmanuel assentiu com satisfação.

Eles subiram no iate e ela não pôde deixar de tocar em tudo no convés. Nunca esteve em um iate particular gigantesco antes, antigamente, só entrou em um cruzeiro, mas estava cheio.

A cabine era espaçosa e estava coberta com tudo.

Além disso, o iate navegava constantemente. Mas ela nem sentia as ondas do mar.

O tempo estava bom e a brisa do mar acariciava seu rosto suavemente.

Francisco preparou alguns equipamentos de pesca no convés. Havia um guarda-sol enorme e dois copos de suco fresco.

Ela notou que Emmanuel até trouxe protetor solar, um chapéu e um casaco fino para ela.

Ele parecia assustador por fora, mas no interior era bem atencioso e protetor.

Ela ouviu que havia uma maneira fácil de determinar se um homem amava uma mulher.

Era fácil perceber depois de observar o que este homem está disposto a fazer pela mulher. Afinal, ações falam mais alto que palavras.

O iate continuou a avançar e, eventualmente, Savannah avistou um cardume de peixes. Ela espalhou um pouco de ração para eles na água e todos os peixes formaram um círculo ao redor.

Ela se sentou ao lado de Emmanuel. Por mais que nunca tenha conseguido terminar de pescar, ela seguiu seus passos e pôs a isca no anzol antes de jogar a linha na água.

Perguntou curiosament, "Emmanuel, você é sempre tão ocupado. Por que você está tão livre hoje? E quanto ao seu trabalho?"

"Eu vou cuidar dele mais tarde."

"Isso não vai ser muito cansativo?"

"Bom, eu sei que alguém sentiria muito a minha falta se não pudesse me ver por alguns dias. Por isso, não tive escolhe."

"Emmanuel, você está falando de si mesmo, não está?"

Savannah perguntou com uma voz fraca.

Emmanuel olhou para ela e ela cedeu instantaneamente.

"Ok, você está certo, ia sentir saudades de você. Obrigada por entender, mas eu estou em uma viagem de empresa. Não seria ruim se eu me isolar nela?"

"Você deveria desistir de atividades sociais desnecessárias. Algumas pessoas não valem o seu tempo. Elas não são nada além de enfeites, mas eu não sou. Você devia saber distinguir melhor quem é realmente importante para você."

Savannah não sabia o que responder.

Ele parecia arrogante, mas estava certo.

Seus colegas não gostavam dela. Não importa o que ela fizesse, seria inútil tentar interagir com eles.

Era desnecessário para ela tentar se socializar com eles.

Pouco depois, um peixe mordeu a isca de Emmanuel. Ela percebeu que sua boa aparência era capaz até de encantar os peixes.

Uma hora depois, o balde dele estava cheio, mas seu balde estava totalmente vazio.

"Terminei! Esses peixes são tão esnobes. Todos eles correm atrás dos mais ricos e bonitos, mesmo sabendo da morte certa."

Emmanuel ficou feliz em ouvir isso. Ele bateu palmas e riu. "Vamos parar de pescar. Vou pedir para o chef preparar a comida, e nós podemos aproveitar a vista."

O iate parou no meio do mar. Eles estavam tão longe da costa que ela só conseguia ver o horizonte.

Estavam longe da agitação da cidade, com vista para o céu. As gaivotas circulando pelo céu azul. A natureza lhe fez se sentir tão confortável que ela quase adormeceu.

Ela estava cansada depois de ficar sentada no ônibus a manhã inteira. Se deitou na espreguiçadeira e esperou pela comida, mas acidentalmente adormeceu.

Os olhos de Emmanuel se suavizaram e ele se moveu com cuidado. A levando até a cabine delicadamente.

Ela não sabia o tempo. Quando acordou, se viu em uma cama grande e macia, conseguia ouvir o som do vento e das ondas. Ainda estava no mar.

Olhou ao redor, mas não viu Emmanuel. Então, se levantou para ir atrás dele.

Imediatamente, ela ouviu a voz dele de outra sala.

"Senhor, conseguimos o terreno mas está muito mais caro do que o nosso orçamento..."

Ela espiou pela fresta da porta. Para sua surpresa, Emmanuel estava realizando uma videoconferência.

Olhou para seu rosto sério, parece que ele estava passando por alguns problemas.

Era verdade que os homens ficavam bonitos quando se concentravam no trabalho.

Suas sobrancelhas estavam tão bem definidas, olhos hipnotizantes, não havia uma única falha em suas feições faciais.

Ele estava exalando o charme de um homem maduro. Agindo como se tudo estivesse sob seu controle.

Ele a lembrava de um rei, sempre lembrou. Mesmo que não estivesse no Edifício Imperial, ainda era responsável pela vida e morte de seus funcionários.

Como um líder-nato.

Porém...

Doeu para ela quando ele franziu a testa.

Pois percebeu suas enormes olheiras. Provavelmente trabalhou sem parar e nem pôde dormir direito.

Naquele momento, alguém deu um tapinha em seu ombro.

Ela se virou para encontrar Francisco. Ele estava segurando uma bandeja de chá.

"Sra. Wadleigh, acho que seria melhor a senhora servir a ele. Desculpe em incomodar."

"Achei que ele estava aqui para descansar. Não acredito que ele ainda está trabalhando."

"O sr. Ferguson veio aqui para te ver. O grupo Imperial não funciona sem ele. Por isso, teve de fazer o trabalho inteiro fora do escritório. O sr. Ferguson tomou o grupo aos dezoito e nunca mais parou. Se tivesse parado, ninguém teria medo dele."

"Ele esteve sozinho por muito tempo. Parecia estar levando uma vida boa por fora, mas seu coração sempre esteve vazio. E, bom, agora... Não parece mais tão vazio."

A explicação de Francisco ficou na cabeça dela.

Ele parecia levar uma vida boa, mas seu coração estava vazio.

É... Descreveu Emmanuel perfeitamente.

Ele assumiu o negócio de sua família e entrou naquele universo tão cruel dos negócios. Mas conseguiu se sustentar e triunfar mesmo assim.

Ele lutou sozinho contra inúmeros inimigos, falsos amigos e traições.

Savannah olhou para o homem na sala novamente. Ele era o homem mais confiável do mundo para ela, nunca descansaria ou deixaria suas responsabilidades para trás.

Ele era um homem digno para passar o resto de sua vida, definitivamente era.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Pequena Flor