Pequena Flor romance Capítulo 53

"Eu... Fiz algo errado? Se eu traísse Joshua contigo, ainda acha que eu seria uma boa moça? Iria achar que eu sou uma libertina sem honra, não? Mesmo que você me aceitasse pelo que eu fiz, eu não sentiria minha consciência limpa. Se eu escolhesse você pela tentação, e depois, quando isso se repetisse? Se a mesma coisa acontecesse de novo, aceitaria eu me render a outro homem?" Ela perguntou.

Emmanuel estava sem palavras. Ele não podia refutá-la.

De fato, houveram circunstâncias imprevistas.

Ainda assim, futuramente...

Se ele não estivesse com ela e ela acabasse em uma situação semelhante, como ela iria agir perto de outro homem?

Ao pensar nisso, ele ficou um angustiado.

"Nunca mais vou deixar que isso se repita." Ele prometeu.

Essa era a única solução.

Ao ouvir isso, o corpo frio de Savannah sentiu um leve aconchego.

"Falei sério sobre o que disse mais cedo."

Ele franziu os lábios, hesitando por um momento, antes de sussurrar.

O que ele disse antes...

De repente, Savannah lembrou que ele iria pedir a mão dela para Joshua.

O que diabos Emmanuel estava pensando? Que ela é uma moeda de troca?

Anteriormente, ela poderia entender se ele estivesse tentando confortá-la. Mas, agora, era um tanto inapropriado, especialmente para aquele momento.

"Emmanuel... O que eu sou para você?"

Ela olhou para cima, com os olhos ainda meio vermelhos.

Ele franziu a testa quando a ouviu. Queria dizer algo, mas pensou melhor e ficou quieto.

Seus olhos negros estavam fixos nela.

Ele não entendia porque ela mexia tanto com o coração dele.

Inúmeras pessoas queriam bajulá-lo para pôr as mãos na riqueza dos Ferguson. Porém, Savannah nunca demonstrou isto, ela sempre foi tão determinada em manter seus princípios.

"Se eu não tivesse me casado com Joshua, os Wadleigh teriam me vendido para um velho à beira da morte por benefícios. Quando eu me casei com o Joshua, ele não se incomodava comigo. Emmanuel... Você sempre foi tão bondoso, mas... O que eu sou para você?"

"Eu sou um objeto? Moeda de troca que você põe o preço e negocia?"

"Emmanuel, Mayjadell tem tantas mulheres por aí. Por que... Por que tem que ser eu?"

Ela piscou e as lágrimas rolaram silenciosamente por suas bochechas.

Sua voz estava lenta, coberta de tristeza, dor e desespero.

Os olhos dela não estavam mais tão brilhantes e alegres como antes.

Savannah era próxima dele porque Joshua não se importava com ela. De fato, Emmanuel era quem tomava as decisões da família.

Ela confiava em Emmanuel, esperando que ele pedisse para Joshua assinar o divórcio o mais cedo possível.

Emmanuel também era gentil com ela. Porém, ela sempre pensou que ele só precisava de um filho. Afinal, ele não gostava de mulheres.

Ela não gostava de ser tratada como um objeto. Como se alguém pudesse usá-la e depois vender por um bom preço.

Foi... Uma sensação muito desagradável.

Suas observações ecoaram na cabeça dele, por que teria que ser ela?

O velho mestre Ferguson queria que Natasha fosse sua nora, mas a família Wadleigh a mandou no lugar dela.

Desde então, seus destinos estavam entrelaçados. O casamento era uma relação peculiar. Foi protegido pela lei e reforçado por valores morais.

Daí em diante, ele a viu de forma diferente, com outros olhos.

Ele deu a ela inúmeras oportunidades. Era melhor ficar ao lado dele do que Joshua, porém, ela sempre foi tão tola ao se manter nos princípios e insistir neles.

"Você não é inteligente o suficiente. Na realidade, nem sabe como convencer alguém para fazer suas vontades. Por isso que você não vai sobreviver nos Wadleigh. Para ser sincero, os Wadleigh não são nada sem mim. Ainda assim, você que foi abusada por eles por vinte anos e nem teve direito de escolher com quem vai se casar."

"Este mundo não é gentil. Se você não sabe como sobreviver, deve encontrar alguém em quem possa confiar e cuidar dele. Contanto que ele esteja vivo, você vai estar salva. Neste mundo, qualquer um poderoso suficiente vai dominar. E, bom, eu sou o rei de Mayjadell, entende agora?"

Os olhos de Emmanuel estavam sombrios quando ele falou.

Aquela garota era muito teimosa.

Savannah sentiu uma sensação esquisita o ouvindo.

Por acaso ele estava tentando lembrá-la de que ela deveria saber o que era bom para ela?

Porém... Ele não gostava de mulheres, não? Por que ele queria se envolver com ela então? Ele até a lembrou de procurar alguém para lhe proteger, por quê?

Ela estava confusa. Quebrando sua cabeça tentando achar uma resposta, sem sucesso.

Emmanuel suspirou impotente quando viu sua reação. Ela estava desesperada.

Os dois tinham origens muito diferentes afinal. E foram criados de forma distinta. Era normal para ele tudo que ele disse, natural, mas ela parecia estar completamente perdida.

Eles simplesmente não estavam na mesma sintonia, nunca estiveram.

Ele resolveu ficar quieto. Era um homem que exalava autoridade, então não está acostumado a pedir desculpas para os outros, especialmente para uma pirralha ingênua como ela.

Emmanuel suspirou e mudou de assunto, olhando para a ferida no pescoço dela.

"O que aconteceu aqui?"

Ele tocou o ferimento dela e percebeu que já estava começando a forcar uma casquinha.

"Não é nada, eu estava com medo que ele me atacasse, então eu..."

"Savannah, você só tem uma vida. Não importa o que você vá perder, nada é mais importante que a sua vida, compreende?"

Ele fez uma careta. Pensando por este lado, ela jamais o veria de novo se tivesse se cortado.

"Oh, tudo bem."

Ela assentiu, rezando para que aquela terrível situação nunca mais acontecesse de novo.

Emmanuel a levou até o carro e a levou para sua casa.

Não ficou muito tempo por lá porque recebeu uma ligação do Francisco. Ele contou tudo que aconteceu.

O sr. Young foi levado para uma garagem subterrânea, amarrado e preso lá.

Ele estava em pânico quando soube que ofendeu pessoalmente Emmanuel Ferguson.

Pouco depois, avistou Emmanuel indo até ele.

Ele implorou por misericórdia apressadamente. Antes que ele pudesse terminar, sentiu outro chute no estômago e caiu no chão.

Os sapatos de couro de Emmanuel ecoavam friamente na garagem. Ele pisou no rosto de sr. Young sem piedade. A cada chute no rosto daquele monstro, sr. Young grunhia em agonia.

"Você tentou violar a minha mulher. Achou ela bonita? Valeu a pena? Gostou da pele macia dela? Nem eu mesmo a aproveitei ainda, e você ousou tentar?"

O tom de Emmanuel era medonho.

A luz na garagem estava falhado, era dia naquele momento, mas o lugar estava sombrio, espaçoso e assustadoramente quieto.

Emmanuel parecia um demônio macabro espreitando pelas sombras.

Até Francisco podia sentir a aura terrível de seu chefe. Já fazia muito tempo que não o via tão furioso.

A última vez... Foi por causa de uma mulher há cinco anos.

Definitivamente aquele homem pagaria o preço por isso.

Sr. Young estava morrendo de medo. Ele implorou rapidamente e expôs que Natasha estava por trás disso tudo.

Emmanuel ansiou por cortar Natasha em pedaços ao descobrir. Sr. Young se arrependeu do que fez, por que não acreditou em Savannah? Quem diria que aquela inocente menina realmente era protegida dos Ferguson?

"Pode garantir que eu vou cuidar de punir os Wadleigh, mas você não vai escapar disso."

"Francisco, ele viu e tocou em algo que não deveria. Suas partes intimas quase tocaram nela. Me dá ânsia de vômito só de pensar, cuide disso para mim."

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