Permaneça, Querida romance Capítulo 50

Kelsey foi carregada para o carro. Com o abraço, ela conseguia sentir a temperatura do corpo de Healy. Era um calor fraco, mas que fazia as pessoas quererem se entregar a ele.

No entanto, um momento depois, ela voltou a si, estendeu a mão e puxou as roupas do peito do homem. "Me coloque no chão, eu consigo andar sozinha."

Healy olhou para Kelsey, cujo rosto estava pálido como papel. Por causa do frio, seus lábios estavam roxos. No entanto,em seus olhos ainda brilhava uma luz teimosa.

O que ela estava tentando fazer? Como ela poderia andar naquele momento?

Healy franziu a testa e disse em um tom infeliz: "Por que você sempre está irracional?"

Era raro para ele ser tão gentil com uma mulher, mas ele não esperava que Kelsey não se importasse com isso.

"Eu... eu estou fedendo." Kelsey disse sem jeito, já que a água que acabara de espirrar em seu corpo estava poluída com um cheiro fétido. Como poderia Healy, que era louco por limpeza, suportar aquilo?

Além disso, as roupas dele eram feitas sob medida. Se Kelsey as manchasse, não teria como pagar por elas.

Healy ficou mais sério, e Kelsey estava pronta para ser jogada, mas Healy apertou o passo e a colocou no banco de trás.

"Eles jogaram água suja em você?"

Embora Healy fosse bem informado, ele nunca tinha visto os pais ou padrastos de alguém jogando água fria na própria filha em pleno inverno.

"Eles são sua família ou seus inimigos?"

Kelsey não disse nada e sorriu com um senso de zombaria de si mesma. Aos olhos dos estranhos, esse tipo de coisa era totalmente inacreditável, mas ela estava acostumada.

Ou ninguém acreditava nela, ou respondiam da perspectiva divina: "Se você não tivesse feito nada de errado, por que eles o tratariam assim?"

Com o passar do tempo, Kelsey parou de explicar.

Healy olhou para Healy pelo espelho retrovisor. Ela estava realmente sorrindo, mas o desespero dela fazia as pessoas se sentirem sufocadas, e o batimento cardíaco dele pareceu falhar uma batida.

"Da próxima vez, não volte para cá sozinha." Healy ligou o carro.

Pela primeira vez em sua vida, ele se sentiu como se nunca tivesse conhecido Kelsey de fato, apenas a considerava merecedora de tudo que sofrera.

Talvez nada fosse tão simples quanto ele imaginava.

......

O carro se movia com constância, e o aquecedor rapidamente aumentava a temperatura de Kelsey.

Assim que sentiu o calor, ela sentiu que seus olhos começaram a fechar e ficou sonolenta. Ela tentou se manter acordada, mas não conseguiu resistir ao cansaço de seu corpo e adormeceu de imediato.

Healy a levou ao hospital.

Ele não tinha certeza se Kelsey pegaria um resfriado, então a mandou diretamente para o hospital antes de ir para casa.

Kelsey não percebeu que o carro havia parado, porque estava em um sono profundo. Healy observou o corpo esguio da moça encolhido no banco de trás, firmemente envolvido no paletó. Ele não conseguia parar de sentir simpatia por ela.

Era raro para Healy sentir aquilo. Em vez de acordá-la, ele gentilmente carregou Kelsey para fora do assento e entrou no pronto socorro.

......

Kelsey sentiu que teve um sonho longo. Ela estava acostumada a ter pesadelos ao longo dos anos, mas este sonho era cheio de brilho, em vez de mentiras, dor e traição, como costumava ser.

Ela sonhou que alguém estendia a mão e a puxava para fora da escuridão. Quando viu o rosto daquela pessoa no sonho, acordou.

"A pessoa no meu sonho... era Healy?"

Kelsey se sentou, apenas para descobrir que estava no hospital. A parede branca como a neve parecia extremamente fria.

Quando ela estava se esforçando por sair da cama, percebeu que estava sendo injetada. Então fora Healy quem a trouxera para o hospital?

Ela pensou que havia adormecido no carro, mas, então... como Healy a havia colocado na cama? Será que ele a carregara no colo?

Pensando no peito largo do homem e no leve cheiro de colônia, Kelsey se sentiu um pouco envergonhada e seu rosto ficou vermelho.

De imediato, ela balançou a cabeça e tentou se manter acordada.

Como Healy poderia se apaixonar por ela? Ele a odiava demais.

Enquanto ela estava perdida em pensamentos, a porta foi aberta e Healy entrou. Vendo que ela estava acordada, ele afrouxou as sobrancelhas travadas. "Como você está?"

Pouco depois de chegarem ao hospital, Kelsey teve febre. Não havia outra escolha a não ser interná-la.

"Ela está fraca e resfriada. Felizmente, você a trouxa para cá bem cedo, senão..."

Pensando no que o médico dissera e no pouco peso de Kelsey, Healy baixou a voz e disse: "Você estava fraca e com febre. O médico aconselhou que você ficasse internada por alguns dias para se tratar".

"Mas e quanto ao meu trabalho...?" Kelsey imediatamente pensou na tarefa que o avô dera a ela.

Ela não queria irritar o avô por causa de uma gripezinha.

"Você acha que iremos abusar de você, te forçando a trabalhar quando está doente?" Healy olhou para ela e disse: "Apenas descanse por alguns dias para evitar que desmaie no escritório. Senão, irão assumir que abusamos de nossos funcionários.

Kelsey assentiu. "Ok."

Depois de um tempo, Healy pediu a alguém para que trouxesse o jantar.

Kelsey olhou para o entregador, que trouxe muita comida para ela, muito mais do que ela normalmente comia. Ela se virou para Healy, que estava sentado ao seu lado. "Bem... vem vindo mais alguém?"

Healy olhou para ela e disse: "O médico disse que você está desnutrida, então tudo isso é seu. Pegue mais, para que os outros não pensem que eu te tratei mal".

Embora as palavras não fossem muito agradáveis, Kelsey sentiu um calor no coração. Olhando para o “banquete”, ela se sentiu muito emocionada. "Obrigada..."

A voz de Kelsey estava muito baixa, mas foi ouvida por Healy com precisão. O homem sorriu de leve e então, como se tivesse percebido algo, ele virou seu rosto sem expressão e se levantou. "Tenho que ir."

Kelsey assentiu e olhou para Healy, que pareceu ficar de mau humor de repente. Ela não perguntou mais nada, pois já estava acostumada com o humor instável do homem.

Já que ele pedira para ela se cuidar, então era só ficar ali, comer e dormir bem. A saúde dela era uma das condições para que ela voltasse ao trabalho e à busca por sua mãe, então ela não deveria ficar doente de novo.

Healy saiu do hospital e Carson lhe entregou um documento.

Era sobre o passado de Kelsey. Healy abriu a pasta e folhou o conteúdo com seus dedos delgados. Ele voltou a franzir a testa.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Permaneça, Querida