Permaneça, Querida romance Capítulo 63

A empresa de relações públicas contratada por Alan se saiu bem em controlar a opinião pública, mas Jen não estava disposta a ceder. Portanto, seus apoiadores online, junto com seus fãs malucos, constantemente lutavam para ganhar apoio público entre internautas.

Por um tempo, a internet ficou louca por causa desse assunto.

Felizmente, a evidência que Kelsey apresentou era sólida o suficiente. Qualquer pessoa que a visse saberia a verdade.

Quando a opinião pública estava prestes a ser controlada, Jen ligou para Kelsey novamente.

Kelsey atendeu. Ela pensou que Jen iria xingá-la e gritar com ela com uma voz exasperada, mas não esperava que Jen estivesse muito calma.

Este fenômeno incomum ligou de imediato o alerta da mente de Kelsey.

"Kelsey, eu negligenciei a verdade. Mas não seja complacente, já que não expus sua prisão. Você quer que todos saibam que você foi solta faz só alguns meses?"

As mãos de Kelsey congelaram. Neste momento, ela sentiu um arrepio por todo seu corpo. O que Jen disse a puxou de volta à realidade, sumindo com a alegria de um contra-ataque bem-sucedido.

Jen estava certa. Agora, Jen tinha mais uma carta na manga: a prisão de Kelsey.

Nesse caso, mesmo que Kelsey tivesse esclarecido a acusação de ser amante, a mancha de ser uma criminosa a acompanharia pelo resto da vida, de modo que ela viveria sob os olhares estranhos de todos e não seria capaz de escapar daquela situação.

"Pense bem. Sei que Alan está ajudando você. No entanto, se ele souber que você é uma criminosa, será que ainda a ajudaria?"

Jen desligou a ligação e Kelsey sentou-se no chão, com os olhos vidrados. O telefone escorregou de suas mãos impotentes.

Naquele momento, ela teve um impulso de quebrar tudo na sua frente.

Por que fora tão fácil para Jen desviar de todas as acusações, direcionando-as à Kelsey, depois de ela mesma ter causado o acidente? E, ainda por cima, agora a ameaçava com aquele assunto em um tom condescendente.

Havia alguma imparcialidade e justiça neste mundo?

......

Quando Alan voltou com as compras essenciais, viu Kelsey sentada no chão, imóvel.

A pele dela, que era mais branca do que o normal, estava ainda mais anormalmente pálida neste momento. O brilho de seus grandes olhos se desvaneceu, e ela parecia uma marionete frágil, exalando um desespero opressor.

Esse tipo de desespero fez o coração de Alan estremecer. Ele imediatamente correu e deu um tapinha no ombro de Kelsey. Onde quer que ele encostasse, estava gelado.

Alan notou que ela vestia apenas um roupão fino. Ela nem sequer ligara o aquecedor. Como ela poderia se sentar no chão frio em um inverno tão gelado? O que tinha acontecido?

No entanto, Alan não teve tempo para pensar muito. Ele carregou Kelsey em seus braços, colocou-a na cama e a cobriu com uma colcha grossa sobre ela, e então ligou o aquecedor.

"O que aconteceu, querida?"

"Alan, não precisa ser tão gentil comigo. Sinto muito. Sou tão inútil..."

Kelsey demorou muito para voltar à consciência e seus cílios estavam tremendo. Ela não conseguia nem dizer a Alan por que ela fizera aquilo. Ela não sabia o que o homem à sua frente faria com ela se soubesse que ela havia sido presa...

Se ele a abandonasse, Kelsey realmente não saberia o que fazer.

"Por que?" Alan não conseguia entender suas palavras, mas ele adivinhou que ela devia estar em dificuldades.

"Eu..."

Kelsey não conseguiu dizer nada, mas afundou a cabeça na colcha, frustrada.

Alan olhou para a pobre garota, que mais parecia um avestruz. Ele se sentiu impotente, mas a persuadiu com paciência. "Não somos amigos? Se você tiver algum problema, é só me contar. Confie em mim."

Kelsey hesitou por alguns minutos, enquanto Alan estava esperando com paciência. Por fim, ela teve coragem de dizer. "Vou te contar uma história inacreditável. Você quer mesmo ouvir?"

Alan concordou.

Só então Kelsey contou a Alan tudo o que acontecera. Ela contou a ele o que sofrera em seu aniversário de 18 anos. Ela pensava que não revelaria seu passado indecente antes que a verdade fosse trazida à tona.

Alan ouviu em silêncio. Quanto mais ele ouvia, mais escuros seus olhos se tornavam. Ninguém sabia o que ele estava pensando.

Kelsey se acalmou e esperou nervosamente que Alan dissesse algo, mas ele havia ficado em silêncio o tempo todo, como uma estátua.

Ele provavelmente não acreditou no que ela dissera...

Kelsey de repente sentiu que ela era muito estúpida. Se ela ouvisse alguém inexplicavelmente contando uma história tão bizarra, pensaria que essa pessoa estava se esquivando da responsabilidade.

Além do mais, depois que Kelsey fora mandado para a prisão, a família Winston trabalhou duro para manter sua imagem e reputação públicas positivas, comprometendo-se com o bem-estar público e investindo em muitas ONGs, construindo reputação como filantropos em Harrow.

E Kelsey era apenas uma prisioneira. Além disso, sob o esquema deliberado de Jen, a reputação de Kelsey há muito estava arruinada.

Entre um filantropa famosa e uma prisioneira patética, como as pessoas normais poderiam acreditar nesta?

"Sinto muito. Vou embora..." Kelsey ergueu a colcha e levantou-se com a pretensão de sair dela.

Ela não queria ser expulsa. Se ela tomasse a iniciativa, ninguém ficaria envergonhado.

"Não, espere um minuto, eu acredito no que você disse." Alan a viu cambalear e tentar ir embora, então rapidamente a segurou. "Você está tão fraca agora e, além do mais, onde ficaria? Também tem um monte de gente lá fora que quer pegar você. Fique aqui."

Kelsey olhou para ele com descrença e uma pitada de alegria em seus olhos. "Você acredita mesmo em mim?"

Alan assentiu seriamente. "É que... é algo além da imaginação das pessoas comuns."

Depois disso, Alan olhou para o rosto pálido de Kelsey com seus olhos profundos, que estavam cheios de angústia e emoções indescritíveis.

Kelsey ficou um pouco envergonhada com o olhar dele. Duas nuvens rosadas apareceram em seu rosto e ela rapidamente abaixou a cabeça. "Obrigada."

"De nada. Eu finalmente sei com o que você estava preocupada. Fique tranquila, vou resolver isso para você."

Alan desviou o olhar. Havia uma emoção complexa indescritível piscando em seus olhos, mas Kelsey abaixou a cabeça e não percebeu.

Depois disso, o homem saiu.

Assim que saiu do apartamento, Alan ligou para Jen. Logo foi atendido.

Jen olhou para o nome em seu celular e entrou em pânico. "Como... como posso ajudá-lo?"

"Temos que conversar."

Alan respondeu com uma voz diferente de sua usual, a qual era mais tranquila.

Jen estremeceu e não pôde deixar de pensar no medo e no pesadelo que este homem a trouxe no passado...

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Permaneça, Querida