Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 123

Ela tinha lágrimas ainda penduradas em seus cílios úmidos. Ela inclinou a cabeça para enxugar as gotas de lágrimas de seus olhos, e a sensação de dor sufocante impedia ela de se recuperar rapidamente.

"Não é nada, apenas tive um pesadelo."

Sérgio Pereira estendeu a mão e acariciou seus cabelos. "Sua perna ainda dói?"

Letícia Silveira baixou a cabeça e balançou-a levemente. "Já está melhor." As pernas dela ficavam expostas fora do cobertor, longas e esbeltas, mas marcadas por cicatrizes que restavam de feridas.

Sérgio Pereira pegou um unguento da mesa de cabeceira e sentou-se no pé da cama, segurando o tornozelo dela.

Letícia Silveira na verdade não ligava muito pra essas feridas. Ela encolheu os pés. "Irmão, deixa pra lá, não é nada sério, em alguns dias vai curar sozinho."

Ele segurou o tornozelo que ela tentava recolher. "É melhor não deixar cicatriz."

" Um novo lote de roupas vai chegar em alguns dias, então você pode escolher o que quiser e ficar com o que gostar."

Letícia Silveira encostou na cama, olhando para fora da janela. "Eu posso vestir qualquer coisa."

Ela não deveria andar logo após aplicar o medicamento, então, quando o almoço estava pronto, Sérgio Pereira carregou ela escada abaixo. Letícia notou que todos os criados eram novos, com exceção de Dona Ana, que franzia a testa como se estivesse bastante insatisfeita com ela, mas com Sérgio por perto, qualquer descontentamento logo passava.

Letícia comia distraidamente, raramente ficava tão silenciosa nas refeições com Sérgio.

"Provavelmente amanhã tudo estará resolvido para a transferência escolar."

Letícia balançou a cabeça. "Não é isso."

Ela ficou em silêncio sem dizer mais nada.

Por um momento, Sérgio Pereira não conseguia adivinhar o que ela estava pensando. "Se você não gosta, então esqueça. Depois, vou pedir para o Luan trazer um manual da escola para você e você mesma pode escolher."

Letícia Silveira finalmente deixou escapar um sorriso no rosto. "Irmão, você não vai trabalhar hoje?"

"Hm, tenho uma reunião mais tarde."

Quando Letícia Silveira levantou a cabeça, viu um belíssimo piano de cristal na sala. No topo do piano, havia uma escultura de anjo, também de cristal. Ela havia visto aquele piano antes, na tela do shopping do campus da universidade, uma peça única de coleção particular, feita sob encomenda e a única no mundo inteiro. Seu preço era incalculável. Lembrando-se do que o empregado havia dito quando ela chegou, soube que era um presente de casamento de Sérgio Pereira para Helena Rocha.