Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 147

Helena Rocha sofria mais um ataque de asma, enquanto a empregada lhe administrava um tratamento com ervas naturais.

O quarto, repleto de aroma de livros, tinha uma penteadeira de madeira de peroba, decorada com um buquê de magnólias. Helena sempre preferiu as rosas, vibrantes e sedutoras, mas uma simples observação dele a fez gostar das magnólias, que simbolizavam pureza e dignidade. O que ele não sabia é que essas flores significavam, para ela, um lembrete das adversidades que enfrentou desde então.

"Eu não quero mais, pode levar" - A voz de Helena Rocha estava fraca e ela respirava com dificuldade enquanto estava deitada na cama, segurando o peito dolorido e tossindo.

Com pena, a empregada respondeu: "Senhorita, por que se torturar assim? O médico já a examinou e receitou essas ervas que não podem ser interrompidas, caso contrário, todo o esforço será em vão. Senhorita, mesmo que o Sr. Pereira seja um bom homem, não vale a pena arriscar sua saúde por orgulho".

Helena Rocha balançou a cabeça: "Dona Joana, não tente me consolar. A doença que me aflige é resultado de uma enfermidade antiga e não tem cura."

"Por que a senhora é tão teimosa? Por que não conta ao Sr. Sérgio a verdade sobre o passado? Naquele incêndio, se não fosse por seus esforços para salvar o Sr. Pereira, ele não estaria mais vivo."

Em uma voz fraca, Helena Rocha pediu: "Não fale mais nisso".

Em sua infância, Sérgio Pereira, então com doze anos de idade, adormeceu brincando no armazém e foi cercado por um incêndio causado por um vazamento de gás.

Helena tentou salvá-lo e quase conseguiu, mas desmaiou de cansaço antes de chegar à saída.

Quando foram encontrados pelos empregados da família Pereira, eles estavam do lado de fora do depósito. Helena sabia que não havia sido a verdadeira salvadora de Sérgio, mas ele acreditava que sim, pois ele recuperou a consciência por um breve momento durante o resgate.

A asma de Helena também era uma sequela daquele incidente.

Como suposta salvadora, a família Pereira a honrou, e desde que ela se tornou adulta, Sérgio anunciou que ela seria a futura 'Sra. Pereira', herdeira da família. Essa era a razão pela qual a avó Pereira sempre a protegia.

Caroline Pereira manteve os olhos baixos, sua voz era suave. Apesar de estar envergonhada, seu rosto frio e bonito não parecia pertencer a alguém em desgraça: "... eu volto amanhã".

"Você é realmente sem vergonha, até mesmo seu próprio irmão quer seduzi-la, posso ver que você está realmente com fome, sem a menor vergonha."

"Jesus."

No momento em que a porta se fechou, Caroline Pereira dirigiu para casa.

Naquela noite, ela começou a ter febre alta.

Ela alugou um apartamento só para ela, acordou com a cabeça pesada e foi procurar remédio para baixar a febre, mas percebeu que todos estavam vencidos. Pegou as chaves do carro, determinada a comprar alguns medicamentos.