Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 207

"Não, não é nada." - Letícia Silveira fingiu calma, quanto mais nesse momento, mais ela não podia deixar transparecer fraqueza. Ela conhecia Sérgio Pereira tanto quanto ele a conhecia: "Irmão, eu quero ir ao banheiro, você pode me acompanhar?"

Uma enfermeira se aproximou: "Sr. Pereira, talvez eu possa ir com ela".

Afinal, havia a questão da privacidade entre os sexos, e ele não podia entrar no banheiro feminino.

Sérgio Pereira não deu atenção à enfermeira e, naturalmente, passou o braço em volta da cintura fina da moça, ajudando-a a ficar de pé, segurando sua mão suada: "Por que suas mãos estão tão suadas?"

Letícia Silveira respondeu: "É que... está quente". Ao sentir a mão em sua cintura, ela se sentiu desconfortável, mas não conseguiu se esquivar.

Ela esperava que Sérgio Pereira não percebesse a presença de Marcos Rodrigues.

A volta da esquina estava o banheiro, Sérgio Pereira esperou do lado de fora, enquanto Letícia Silveira, apoiando-se na parede, entrou no banheiro lentamente, mas ainda assim insegura virou-se e disse: "Irmão, não vá embora, eu serei rápida."

Sérgio Pereira consentiu e retirou um maço de cigarros do bolso, dirigindo-se à área de fumantes.

Uma mulher elegante, segurando um prontuário hospitalar e usando marcas caras, viu o homem de estatura alta e presença distinta fumando perto da janela e, com intenções duvidosas, aproximou-se: "Senhor, por favor, onde fica a saída? Não consigo encontrar o caminho".

Um homem pode ser julgado por sua riqueza observando-se as chaves do seu carro ou o relógio que usa. O relógio caro no pulso de Sérgio Pereira valia milhões e era de edição limitada.

Ao ver que ele não respondia, a mulher se aproximou mais ousada: "Senhor, não seja tão hostil! Você está sozinho no hospital? Ninguém para acompanhar você?"

As unhas da mulher estavam pintadas de vermelho, e suas roupas eram provocantes. Mas antes que ela pudesse tocar o ombro do homem, ele queimou a ponta do seu cigarro em sua direção.

Ela gritou: "Ah! Minha mão!"

Sérgio Pereira disse friamente: "Saia daqui!"

Ao ouvir essa palavra, a bela mulher conteve os insultos que tinha na ponta da língua. Ao ver o olhar frio de Sérgio Pereira, ela se assustou: "Eu só estava pedindo informações, por que você é tão agressivo, tão rude?"

Ela murmurou, ousando não xingar Sérgio Pereira diretamente.

Afinal de contas, poucas pessoas no Distrito Federal podiam se dar ao luxo de usar aquele relógio.

Mas também poderia ser um homem fingindo ser rico. Quem sabe se era verdadeiro ou falso?

Ela não ousou testar, temendo dar com os burros na água.

Letícia Silveira rapidamente saiu do banheiro e escutou o comentário, vendo a aura fria e penetrante de Sérgio Pereira, ela também sentiu medo, raramente o viu assim.

Será que ele viu Marcos Rodrigues saindo do seu quarto?