Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 220

Letícia Silveira foi surpreendida pela voz de Sérgio Pereira e, imediatamente, sentou-se à mesa de jantar.

Sérgio Pereira disse: "Feche as cortinas e as janelas."

A empregada prontamente cumpriu a ordem.

O lustre de cristal brilhava intensamente sobre eles. Letícia Silveira, com a cabeça baixa e os cílios longos como penas de corvo tremendo levemente, parecia mais frágil do que o normal, e seu rosto delicado despertava no homem o desejo de protegê-la.

Sérgio Pereira lhe serviu um pouco de comida em seu prato: "Você não dormiu bem na noite passada?"

Letícia Silveira manteve a cabeça baixa. Ele sabia a resposta, mas estava claro que o humor de Sérgio Pereira havia melhorado consideravelmente.

Letícia Silveira estava comendo distraidamente a sopa em sua tigela…

"Tem algo errado, senhor. A moça do lado de fora desmaiou."

Dona Diana veio apressada. Letícia Silveira olhou para fora e viu a pessoa desmaiada no chão. Ela estava chocada com a rapidez com que aquela pessoa havia se deteriorado em apenas alguns dias. O que teria acontecido?

Letícia Silveira virou-se e falou: "Estou satisfeita... vou voltar para o meu quarto." - Ela se levantou apressadamente.

A voz fria de Sérgio Pereira soltou algumas palavras: "Termine o que está na tigela."

Letícia Silveira, que estava tão absorta em seus pensamentos, só então percebeu que a tigela de canja ainda estava pela metade.

Ela tinha acabado de se levantar e imediatamente se sentou novamente. O casaco que havia escorregado de seus ombros revelou uma marca vermelha como uma flor de ameixa em seu colo, deixada pelo homem na noite anterior.

Letícia Silveira percebeu o olhar do homem sobre ela e rapidamente puxou suas roupas.

Dona Diana, preocupada, fez mais um lembrete: "Senhor..."

"Cuide de sua vida e saia daqui!"

Diana não se atreveu a dizer mais nada e saiu.

Vendo que ela havia comido pouco, Sérgio Pereira descascou alguns camarões para ela, deixando-os impecavelmente limpos.

Além de peixe, Letícia Silveira também adorava camarões, mas achava um incômodo descascá-los e, principalmente, eram caros demais para o seu gosto, então raramente os comia.

Nos tempos mais difíceis, ficava feliz por conseguir comer um único camarão.

"O que você quer comer hoje à noite? Quer que seu irmão vá com você fazer compras?"

Sérgio Pereira terminou sua refeição, colocou os talheres de lado e limpou os dedos com os quais havia descascado os camarões. Seu olhar profundo se fixou nela: "Você não vai me chamar de irmão?"

Letícia Silveira mordeu o talher e abaixou a cabeça novamente: "Irmão...".

"Irmão" - mal havia saído de seus lábios, Sérgio Pereira finalmente pareceu satisfeito, estendendo a mão para limpar a mancha de gordura no canto da boca de Letícia Silveira, dizendo: "Nem todo mundo merece compaixão."

"Irmão, só dessa vez..."

"Quando ela acordar, peça para que me procure no escritório."

Com essas palavras, Sérgio Pereira se levantou e subiu as escadas.

Sob a proteção de um guarda-chuva, Letícia Silveira, com dificuldade, seguiu a empregada para ajudar a levar a visitante a um quarto no andar de cima.

Dona Diana exclamou: "Meu Deus, dona Letícia, veja os ferimentos dela".

Letícia Silveira olhou e só conseguiu descrever a cena como "horrivelmente dolorosa".

"Dona Diana, por favor, dê-lhe um banho e troque suas roupas por algo limpo. Vou ver se temos algum remédio para feridas em casa. Eu cuidarei dos curativos."