Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 222

"Sérgio Pereira, você acha mesmo que eu não teria coragem de fazer nada contra você?" - A voz do homem era fria como gelo.

Caroline Pereira disse impotente: "Tudo isso, você me forçou a fazer!"

"Eu realmente não tinha outra escolha."

"Será que é só quando eu morrer que tudo isso vai acabar?"

Sérgio Pereira respondeu: "Acabar? Pergunte à sua mãe".

No final, ele não conseguiu ser tão duro quanto queria.

A empregada estava no quarto de Letícia Silveira, trocando os lençóis e as fronhas, enquanto Letícia Silveira acabava de sair do banho, com os cabelos presos em um coque, ainda um pouco úmidos. A menina estava sentada em silêncio em frente à mesa, de cabeça baixa, fazendo a lição de casa.

A empregada disse: "Senhor".

Quando ela ouviu a voz atrás de si, a ponta do lápis automático que estava segurando se quebrou imediatamente. Ao ouvir os passos abafados que se aproximavam por trás e ver pelo canto do olho o homem puxar uma cadeira para sentar-se ao seu lado, Letícia Silveira pôde sentir a frieza e a pressão dele, mesmo sem olhar diretamente, sabia que tipo de expressão ele tinha no rosto.

O homem vestia um traje escuro e descontraído, com as pernas cruzadas e as mãos sobre os joelhos. O anel de prata simples que usava no dedo anular era particularmente ofuscante aos olhos.

"Você ouviu tudo?"

Letícia Silveira negou com a cabeça, falando a verdade: "Eu não ousei ouvir. Depois do banho, voltei para fazer minha lição de casa."

Com ninguém mais no quarto além deles dois, Letícia Silveira sentia-se totalmente desconfortável, como se fosse um coelho na boca do lobo.

A menina que acabara de sair do banho estava com o pescoço avermelhado e o cheiro doce do sabonete de morango enchia as narinas de Sérgio Pereira, que se levantou de repente e passou os braços por baixo dela, levantando-a do chão. Letícia Silveira permaneceu suspensa no ar até que, segundos depois, viu-se sentada no colo dele, com o corpo ainda molhado e os olhos brilhando de inocência ao olhar para Sérgio Pereira.

Foi na noite anterior que Sérgio Pereira a trancou por tanto tempo, e com a chuva e o vento frio que entravam pela janela, Letícia Silveira acabou adoecendo...

Sérgio Pereira a levou para o quarto principal, onde ela ficou deitada na cama, atordoada e tão fraca que não queria falar, sem forças nem para mexer os dedos.

No dia seguinte, mesmo depois de tomar remédios, a febre de Letícia Silveira não baixava.

Foi quando Sérgio Pereira ligou.

O médico da família chegou resmungando e mediu a temperatura da moça, deitada na cama: "Ela está com trinta e oito graus e meio, mas não se preocupe, ela não vai morrer por causa disso."

"Mas o senhor..."

"Por aí, todo mundo está falando que você arrumou uma amante jovem. Você está sabendo disso?"