Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 232

Sérgio Pereira fitava-a com um olhar profundo: "O que você acha, Letícia?"

"Para você, só existem dinheiro e interesses, mas... eu só te via como meu único parente." - Letícia Silveira falava com um tom sereno, mas seu coração estava sufocado de dor: "Se você insiste em colocar um preço, então diga quanto."

"Aproveite o fato de eu ainda ser jovem para não gastar seu dinheiro e, no final, acumular dívidas."

Letícia Silveira desviou o olhar e continuou: "Os presentes que você e Helena Rocha mandaram, eu não aceitei. Todos eles ainda estão no quarto. O dinheiro do cartão foi usado para compras para ela, isso não pode ser contabilizado como uma dívida minha."

"Vou me mudar hoje à noite."

"Letícia, você sabe que seu irmão não quer ouvir isso." - Sérgio Pereira segurou o queixo dela, forçando-a a olhar para ele.

Com a voz trêmula, Letícia Silveira disse: "Então, o que você quer de mim? Eu ainda sou tão jovem, o que as pessoas vão pensar se descobrirem? Meus professores, meus colegas, como eles vão me ver?"

"Ficar ao seu lado só vai me destruir."

"Eu não quero um irmão como esse!"

O olhar de Sérgio Pereira se tornou sombrio, pela primeira vez ele percebeu que a menina descuidada de antes havia mudado.

"Ninguém vai saber."

Letícia Silveira respondeu: "Vão saber, sim. Não sou para você como a Patrícia? No seu olhar, não sou igual a ela?"

Sérgio Pereira tentava convencer a si mesmo ou à menina à sua frente: "Ela não pode ser comparada a você, Letícia é diferente para o irmão."

Ao ouvir essas palavras, Letícia Silveira só pôde rir com ironia: "O que há de diferente? Patrícia põe preço em si mesma e pode carregar bolsas de milhares de reais. E eu... qual é o meu preço aos seus olhos?"

Ela empurrou Sérgio Pereira com força, Letícia Silveira enxugou as lágrimas do canto dos olhos e subiu triste para o quarto.

Quando chegou, Letícia Silveira só usava uma roupa velha, não tinha nada, apenas carregava uma caixa de metal preciosa em suas mãos.

De debaixo da tábua da cama, ela tirou o tesouro escondido, dentro do qual não havia nada, exceto uma certidão de nascimento e algum dinheiro que ela havia economizado vendendo papel velho - não era muito, apenas algumas dezenas de reais. Era para comprar uma roupa nova para Marcos Rodrigues, pois suas roupas, com exceção do uniforme da escola, estavam muito gastas.

Ela achava que, sem exigir nada, poderia ter uma vida tranquila e não se sentir mais sozinha.

Mas, no final, ela não foi expulsa por Sérgio Pereira, foi ela quem decidiu ir embora.

Ela seguia ao lado de Sérgio Pereira, nunca foi pelo dinheiro dele, apenas buscava um refúgio, um lar seguro.

Em sua vida passada era assim, e agora ainda permanecia igual.