Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 247

Letícia Silveira havia acabado de acordar quando recebeu a ligação, tendo adormecido em sua mesa na noite anterior, vencida pelo cansaço, sem perceber o momento exato em que sucumbiu ao sono.

Do outro lado da linha, Helena Rocha hesitou antes de voltar a falar: "Letícia, aconteceu alguma coisa? Por que de repente você precisa de tanto dinheiro?"

"Não é da sua conta. Você vai me dar o dinheiro ou não?"

A chamada foi interceptada por Vovó Pereira, que pressionou o botão do viva-voz e colocou o telefone sobre a mesa, sob o olhar atento de Helena Rocha. Letícia Silveira estava pedindo dinheiro, e, de alguma forma, ela tinha que considerar o homem ao seu lado.

Afinal, Sérgio Pereira estava apenas agindo por impulso no momento, mas Helena sabia o quanto ele realmente valorizava Letícia.

O gesto de Vovó Pereira tinha a intenção de fazer Sérgio Pereira ouvir e entender o tipo de pessoa ingrata que ele havia recebido em sua vida.

Helena continuou: "Letícia, eu não tenho autoridade para decidir sobre o dinheiro. Por que você não volta para casa? Podemos conversar e resolver qualquer problema".

Letícia Silveira tossiu algumas vezes, parecendo estar resfriada desde a noite anterior: "A senhora não é a Sra. Pereira? Esse valor não deve ser nada para a senhora. Acho que é um bom negócio. Cem mil para se livrar de um incômodo como eu e evitar manchar ainda mais a família Pereira."

Não aguentando mais, a vovó Pereira pegou o telefone: "Eu sempre soube que você só estava ao lado do Sérgio Pereira pelo dinheiro. Se quer dinheiro, venha à família Pereira pegar. Se você vai conseguir levar ou não, vai depender da sua habilidade. Não pense que, por conta da gratidão que devemos a você, pode fazer o que bem entender."

Ao ouvir a voz rouca e enfurecida, Letícia Silveira logo adivinhou quem falava.

Ao telefone, ela zombou com um riso sarcástico: "Vocês, ricos, se não querem dar, falem diretamente. Eu só quero um pouco de paz, sua velha decrépita!" - Ela enfatizou as últimas palavras e desligou o telefone sem esperar por uma resposta.

Mesmo que não conseguisse o dinheiro, ela estava satisfeita por ter irritado a velha que, desde sua vida passada, sempre a menosprezou e antagonizou.

Helena Rocha havia falado com evidente receio.

Seria por causa de Sérgio Pereira?

Ele também devia estar por perto.

"Está bem."

Depois de uma breve conversa, eles desligaram.

O dia estava agradável, então Letícia decidiu pegar algumas ervas para secar ao sol antes de sair com um saco de serapilheira para coletar material reciclável.

Ela comeu uma maçã no almoço.

Retornou por volta das duas e meia da tarde.

"Coletei uma boa quantidade de papelão hoje; os ganhos foram razoáveis. Preciso voltar logo para organizar as ervas, cortá-las em pedaços e fatias, antes de colocá-las no armário. Essas tarefas têm sido minha rotina nos últimos dias, sob a supervisão de Marcos Rodrigues."

Neste último mês e meio, sob a tutela de Marcos Rodrigues, Letícia Silveira aprendeu muito. Ela não tem um minuto de descanso, seus dias são preenchidos de atividades incessantes. Contudo, essa vida ocupada lhe traz uma sensação de plenitude e evita que seus pensamentos divaguem para outras preocupações. A maioria das tarefas depende de sua própria iniciativa e dedicação.