Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 277

"Não precisa de tanta formalidade, apenas se comporte daqui para frente que já é suficiente. Quanto à sua mão, eu encontrarei uma maneira de curá-la."

"Não precisa se fazer de bonzinho." - Ao ver a mão de Sérgio Pereira envolta em ataduras, Letícia Silveira desviou o olhar com indiferença. Ao perceber o movimento dela, Sérgio Pereira segurou a mão que tentava remover a agulha: "Você não ouviu o que eu disse?"

A voz do homem esfriou de repente.

"Eu não quero ficar aqui, quero voltar para o Jardim Herbal, preciso encontrar Marcos Rodrigues."

À medida que a discórdia entre os dois irmãos aumentava, as pessoas ao redor perceberam que não era mais apropriado ficar ali. Alexandre Oliveira e Luan saíram discretamente do quarto do hospital.

"O Marcos Rodrigues vendeu o Jardim Herbal há muito tempo".

"O quê?" - A surpresa era evidente nos olhos de Letícia Silveira: "Não, isso é impossível."

"Irmã, quando foi que eu a enganei? Marcos Rodrigues está desesperado, chegando ao ponto de vender seus bens. A doença da mãe dele é um poço sem fundo, e agora ele tem que lidar com você! Sua presença só o atrapalha. Quanto tempo mais o dinheiro dele vai durar? Você ainda quer ficar ao lado dele, sofrer com ele para sempre? Quando você se machucou e foi hospitalizada, ele não tinha dinheiro nem para pagar as contas médicas."

"Letícia... Quando é que você vai melhorar seu julgamento?"

"Ele... Ele realmente vendeu o Jardim Herbal, por que ele não me contou? Foi você, não foi? Tudo isso é culpa sua, certo?" - Letícia Silveira o encarou com ódio: "Só pode ter sido você que o forçou. Senão, Marcos Rodrigues jamais teria vendido a única casa que tinha."

"Letícia, pelo amor de Deus, eu fiz tudo o que pude por você. Cada centavo que a família Pereira ganha não é jogado fora. Dei tantas vantagens ao Marcos Rodrigues, e o que recebi em troca?"

"Mas foi ele quem arruinou você. A irmã que costumava me obedecer agora está sempre me desafiando, até mesmo querendo me deixar." - Sérgio Pereira se virou lentamente, observando a silhueta da moça.

Sua voz era suave, mas cada palavra parecia sufocar Letícia Silveira.

Ela cerrou o punho ao lado do corpo: "O que é devido deve ser pago, você me ensinou isso. O senhor sabe que eu não posso pagar, se eu soubesse que isso ia acontecer, eu teria preferido continuar morando na favela onde eu morava."

"Não se intrometa mais em minha vida, não quero mais vê-lo."

Letícia Silveira era realmente teimosa, nunca soube ceder. Já no orfanato, Letícia Silveira tinha entendido essa realidade: as crianças que sabiam chorar, fazer charme e agradar sempre tinham doce para comer. Ela, por natureza, nunca aprendeu como se dobrar.