Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 284

Doze anos atrás.

Em um apartamento aconchegante de menos de cem metros quadrados.

Letícia Silveira, de quatro anos, vestida com um vestido rosa de princesa, segurava uma boneca e estava deitada em sua cama: "Irmão, parece que vai trovejar lá fora? Estou com medo..."

Sérgio Pereira tapou os ouvidos: "Não tenha medo, o irmão está aqui".

"Irmão, por que o papai e a mamãe ainda não voltaram?"

No quarto escuro, depois de muito esforço para fazer Letícia dormir, Sérgio Pereira foi acordado pela menina, que se assustou com o som do trovão. Ele a confortou, dizendo: "Não se preocupe, eles voltarão logo. Tente dormir mais um pouco".

Meia hora depois, Sérgio Pereira também estava quase adormecendo quando ouviu o som de uma porta se fechando e vozes alteradas do lado de fora.

"Foi você quem fez isso? Diga! A explosão noticiada na TV, você também esteve envolvido? Sérgio Pereira é aquele menino daquela família?"

A voz histérica da mulher pressionando, misturada com o desespero do homem segurando os próprios cabelos: "Eu não sei, eu não sabia de nada. Aquele homem só me deu um dinheiro para entregar algo para ele. Eram trinta mil, você precisa entender, trinta mil!"

"A Letícia nasceu prematura, ela era tão pequenininha, e o médico disse que se eu não a salvasse, nossa filha morreria. Lívia, eu não posso perder você, você e a Letícia... vocês são a minha vida! Eu prometo que quando a Letícia crescer, eu vou me entregar, eu prometo que vou me entregar!"

"Luiz Silveira, você é um monstro vergonhoso, como você pôde fazer uma coisa dessas? Como vamos explicar isso para o Sérgio? Como ele vai nos perdoar? Letícia já o vê como seu próprio irmão. Se ele souber que nós também somos responsáveis pela morte da família dele, seu animal!"

"Você pode me bater, me xingar, até me matar, eu não vou reagir. Mas eu lhe peço, por todos os anos que cuidamos de você, deixe minha esposa e minha filha em paz."

"Deixar vocês em paz? Minha mãe, minha avó, quando elas imploraram por misericórdia dos assassinos, vocês escutaram?"

"A família Dias, cento e trinta e cinco vidas, por que vocês, assassinos, acham que apenas algumas desculpas são suficientes para que eu perdoe?!"

Lívia Nunes, com lágrimas na voz, disse: "Sérgio, tudo isso começou por causa da tia. Você disse que, se estivesse ao alcance dela, ela faria qualquer coisa por você."

Sérgio Pereira respondeu: "Eu quero que vocês paguem com suas vidas!"