Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 290

"Você não viu quem era a pessoa que entregou os livros?" - Letícia Silveira perguntou.

Dona Diana negou com a cabeça: "Era um senhor alto, de pele morena, parecia bem disposto, mas aparentava ser mais velho. Você o conhece, Letícia?"

O olhar de Letícia era incerto, ela olhou discretamente para Sérgio Pereira.

Sérgio Pereira encontrou seu olhar e, com um gesto despreocupado, tirou o paletó e se dirigiu à escada: "Da próxima vez, toda entrega deve ser checada antes, só traga para cá se estiver tudo certo."

Dona Diana concordou: "Entendido, senhor."

Sérgio estava preocupado que a caixa pudesse ter algo perigoso?

Após Sérgio subir as escadas e o som de seus passos desaparecer, ela ousou perguntar mais: "Por que ele estava tão tenso antes?"

"Isto é..." - Dona Diana parecia hesitante, como se temesse algo, e disse: "Antes do senhor vir morar na Mansão DurMinante, ele também recebeu uma entrega, mas aquela caixa de madeira continha um corpo humano desmembrado. Não só isso, mas depois outras pessoas começaram a receber coisas impuras. Depois isso parou. Só não esperava que depois de tanto tempo, quando pensei que tudo já havia passado, eu esqueci de verificar agora, já que era algo da senhorita, não quis abrir sem permissão.

Sérgio Pereira havia recebido corpos de outras pessoas?

Quando ele veio para a Mansão DurMinante, devia ter apenas vinte e dois ou vinte e três anos.

Letícia Silveira mal podia imaginar o que Sérgio tinha enfrentado só por voltar para casa.

"Então, por favor, leve esses livros para o meu quarto."

Dona Diana: "Não precisa ser formal, Letícia, é meu trabalho."

Letícia se virou e começou a subir as escadas, parando no primeiro degrau: "Ah, hoje não vai faltar energia de novo, né?"

Dona Diana sorriu e respondeu: "Não se preocupe, Letícia, o senhor contratou o melhor eletricista, que checa a fiação da mansão todo dia para evitar novos problemas."

Como se tivesse acabado de voltar de um compromisso, Sérgio Pereira exalava um leve cheiro de álcool. Ele estava com o notebook sobre as pernas, processando mensagens uma após a outra. O carro lá fora ainda estava com os faróis acesos, como se ele tivesse se esquecido de desligá-los.

Quando o relógio antigo marcou meia-noite, Sérgio se levantou para ir embora.

Letícia baixou a cabeça, seus cabelos longos escondendo seu rosto delicado. Percebendo que ele a ignorava de verdade, ela não conseguiu se segurar e falou: "Faltou energia, você não vai ver?"

"Alguém virá arrumar amanhã."

Foi só isso que Sérgio disse antes de subir, deixando a vela para trás. Letícia ficou no sofá, com medo do escuro, mas sem coragem de dizer a ele.

Ele poderia ter algum bom propósito? Naquela noite, Letícia Silveira se acomodou no sofá para passar a noite.

Acordando no meio da noite deitada no sofá, as velas sobre a mesa de centro já haviam queimado até o fim, e diante da vastidão da mansão vazia, Letícia Silveira ficou tão assustada que nem teve tempo de pensar; trôpega e apressada, correu para o quarto de Sérgio Pereira, com a mente tão em branco que não lhe sobrou espaço para cogitações.