Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 365

A noite, sufocante e quente.

Letícia Silveira desligou o ar condicionado do quarto e abriu a janela, permitindo que o vento quente do verão entrasse, tornando o ambiente ainda mais abafado. Sérgio Pereira apareceu no quarto, e Letícia apenas sentiu uma aura gelada e perigosa emanando dele.

A presença do homem à sua frente a sufocava ainda mais.

"Parece que os pensamentos de Letícia não estão apenas nos estudos. Por que as lições sofridas anteriormente ainda não são suficientes?"

O olhar intenso de Sérgio Pereira era como o de um lobo selvagem, fixo nela de forma implacável. Letícia Silveira se sentia ainda mais fraca diante dele, sem qualquer possibilidade de resistência.

"É apenas uma foto. Nos estudos, vou me esforçar mais para te provar que não vou te decepcionar."

"Não me decepcionar? Tudo o que você faz, você acha que é por mim? Ou é por Marcos Rodrigues?" Ele avançava com passos largos, e a cada passo que se aproximava, Letícia sentia um peso maior em seu peito.

A estatura alta de Sérgio cobria completamente a frágil figura de Letícia, e seus olhos pareciam querer devorá-la.

Letícia olhou para ele, impotente, "Não entendo por que essa foto te deixa tão irritado. Irmão, eu realmente tenho me esforçado, não sei o que mais posso fazer."

Sérgio Pereira baixou seu olhar sombrio. A menina vestia uma camisola fina, com contornos suavemente definidos e pele alva. Desde que se mudou para a Mansão Durminante, ela parecia ter ganhado um pouco mais de peso. A menina que antes não chegava ao seu peito agora parecia ter crescido bastante, avaliando pelo seu olhar.

Sob a calça estampada, pernas longas e retas, sem um pingo de gordura...

O rosto da menina começava a se tornar delicado, prometendo, quando crescesse, atrair a atenção de muitos homens.

"Letícia tem se saído muito bem." Sua voz era baixa e sedutora, "Apenas algumas coisas desnecessárias em casa não deveriam aparecer."

Ela ainda era muito jovem. Sérgio Pereira reprimiu a emoção inominável em seus olhos, que rapidamente se tornaram indiferentes, mas ao ver a ansiedade em seu rosto sobre a foto, percebeu o quão preciosa era para ela.

Olhando para ele com um rosto teimoso e indignado, Sérgio sentiu uma leve agitação em seu olhar. De repente, ele estendeu a mão, tocando o rosto delicado dela, "Irmão só queria dar uma olhada. O modo como Letícia olha para mim, parece que pensa que vou fazer algo ruim."

"Letícia não disse que eu sou seu único parente?"

"Até mesmo dar uma olhada é proibido?"

Letícia se esforçou para tolerar seu toque, a palma da mão dele estava quente, e o gesto, que deveria ser normal, a fazia querer resistir. Ela mal movia os lábios, "Não... não é isso."

Do andar de baixo, ouviu-se uma voz.

"Jovem senhor, acordou?"

"Onde está meu pai?"

"O senhor deve estar no quarto da senhorita Letícia, vou levá-lo até lá."

Letícia Silveira observou Sérgio Pereira se afastar. Quando ouviu seus passos descendo as escadas, trancou a porta e, como se temesse algo, empurrou uma mesa contra ela.

Com o som isolado do lado de fora, Letícia Silveira finalmente conseguiu se acalmar e se dedicar às suas coisas. Ela moveu a fotografia para um novo esconderijo, dentro do bolso de uma peça de roupa no armário.

À meia-noite e meia, apagou a luz da escrivaninha, deixando apenas um abajur aceso.

Teve uma noite de sono tranquila.

Na manhã seguinte, enquanto ainda estava no banheiro escovando os dentes, Letícia Silveira ouviu alguém batendo à porta, "Tia bonita, hora de acordar para ir à escola."