Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 385

Um funcionário viu a moça do lado de fora da loja e se aproximou. "Moça, por que não entra para dar uma olhada?"

"Você está procurando roupa para quem?"

Letícia Silveira respondeu, "Para o meu namorado."

Discretamente, o funcionário a avaliou. Notando suas roupas simples, que não ostentavam marcas, mas eram feitas de tecido de alta qualidade, provavelmente sob medida, algo raro e valioso.

Com gentileza, o funcionário perguntou: "Que estilo você procura? Casual ou mais formal?"

Letícia Silveira não se apressou em entrar. Ela olhou para a etiqueta de um casaco, que custava 2899 reais, um valor astronômico para alguém que havia poupado dinheiro por anos a fio.

"Desculpe, eu não tenho dinheiro suficiente comigo. Voltarei outra hora."

"Sem problemas. Se você gostar, posso guardar para você. É um design exclusivo do nosso chefe, uma peça única."

Letícia Silveira recusou, "Não, obrigada."

Marcos Rodrigues era um homem que não gostava de ficar parado, sempre buscando alguma atividade, como jardinagem ou plantação.

Em uma vida anterior, depois de ter prosperado, Letícia viu o guarda-roupa de Marcos, que era composto por apenas três ou quatro peças para cada estação do ano. Ele não morava em uma mansão, mas em um apartamento comum, e tinha apenas uma cozinheira. Exceto por seu dia de descanso, raramente comia em casa.

Certa vez, Letícia não aguentou mais e o levou para comprar várias peças de roupa, para que ele pudesse trocar todos os dias.

O mais absurdo era que Marcos tinha uma cueca com um grande buraco e se recusava a jogá-la fora, até que Letícia a descartou no lixo.

Letícia saiu da loja de roupas e, enquanto caminhava por uma rua movimentada, ouviu alguém chamando por ela. Era a voz de uma criança.

Caroline Pereira interveio, "Júlio, sente-se direito e não incomode... Presidente Sérgio."

Depois de ponderar por um momento, ela usou esse termo distante e formal.

Qual era mesmo a relação deles agora?

Letícia foi até o mercado, onde acabou comprando duas camisas azul-royal por vinte e cinco reais cada. A qualidade até que era boa. Guardou-as em uma sacola plástica vermelha, que colocou na mochila.

Esses vinte e cinco reais representavam quase todo o seu patrimônio, acumulado com muito esforço e economia.

Ela havia reservado secretamente os quinhentos reais de indenização para o tio Rodrigues, pois sabia que dinheiro não vinha fácil para eles.

Letícia Silveira acabava de fechar o zíper da sua mochila, preparando-se para ir comer macarrão, quando, de repente... Alguém ao lado chutou com força uma lata de lixo, que rolou várias vezes até parar bem na frente de Letícia Silveira. Olhando em volta, além de Jaime Goulart, conhecido por arrumar confusão, não havia mais ninguém.