Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 429

Letícia Silveira parecia ser bastante sensível à luz. Ao vê-la adormecida, Sérgio Pereira estendeu a mão para desligar a luz.

"Não apague a luz." - Letícia Silveira abriu os olhos, mas viu que o homem ao lado da cama ainda não havia saído: "Irmão... você ainda não saiu?".

"Eu estava esperando você dormir."

Apesar de todos os defeitos de Sérgio Pereira, Letícia Silveira só o tinha como família.

No fundo, ela sabia que havia cometido muitos erros em sua vida passada, e Sérgio Pereira a havia perdoado todas as vezes. Mas nesta vida... mesmo que Sérgio Pereira cometesse erros, ela o perdoaria também.

Afinal, Letícia Silveira quase tinha causado a morte de Helena Rocha. A culpa era dela...

De repente, Letícia Silveira virou-se e estendeu a mão para agarrar a borda da roupa de Sérgio Pereira. O homem baixou os olhos, sua mão grande e firme segurou a dela, como se apenas assim ela pudesse encontrar um pouco de segurança.

Durante a primeira metade da noite, ela estava inquieta, mas na segunda metade, Letícia Silveira finalmente conseguiu dormir tranquilamente.

Quando Sérgio Pereira saiu do quarto de Letícia Silveira, Dona Diana estava arrumando os itens no escritório, substituindo algo que havia sido quebrado, colocando tudo de volta exatamente como estava antes.

As coisas mais importantes de Sérgio Pereira estavam todas guardadas em um cofre, cuja senha só ele conhecia. Mesmo que o cofre fosse aberto, Dona Diana não se atreveria a tocar em nada.

Havia um cheiro de cigarro no escritório. A chuva do lado de fora estava diminuindo, e a noite era tão escura quanto os olhos do homem. Com uma voz baixa e suave, ele perguntou: "Quantas vezes isso já aconteceu?"

Dona Diana respondeu: "Contando com as vezes anteriores, esta é a terceira vez." - Ela pensou por um momento e disse: "A senhorita Letícia parece ter muito medo do tempo chuvoso com trovoadas. Suspeito que, quando estava fora, ela deve ter passado por algum trauma."

"É apenas..."

Os olhos escuros de Sérgio Pereira se fixaram nela: "Só o quê?"

Dona Diana, com os lábios apertados, disse: "Mas, desta vez, o estado da senhorita Letícia parece ser mais grave do que nas ocasiões anteriores. Eu suspeito... que a Srta. Letícia possa estar sofrendo de um distúrbio mental" - As últimas palavras foram ditas de maneira cada vez mais vaga, pois ela temia ser muito direta e provocar a ira de Sérgio Pereira.

Ela acordou com febre alta pela manhã...

Letícia Silveira estava fraca e sem forças, apoiando a cabeça pesada no ombro de Sérgio Pereira, com a consciência turva, uma compressa fria na testa. Sérgio Pereira retirou o termômetro da boca dela, que já marcava trinta e nove graus.

"Irmão, você pode parar de ser tão duro com Marcos Rodrigues?"

"Ela está doente e ainda se atreve a fazer exigências ao irmão?"

Letícia Silveira considerava Sérgio Pereira, do fundo do seu coração, o único membro da família com quem podia compartilhar seus sentimentos mais íntimos: "Eu lhe peço, irmão, além de você, Letícia não consegue encontrar ninguém melhor para mim do que Marcos Rodrigues."

Nos olhos de Sérgio Pereira, um frio passageiro brilhou: "Letícia tem apenas um irmão, que sou eu, e isso basta."

"Eu não quero, eu só quero Marcos Rodrigues." - Letícia Silveira só conseguia fazer essas exigências quando estava em um estado meio lúcido, meio confuso: "Espere, irmão, quando eu me casar e crescer, acabarei deixando o seu lado."