Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 465

Em uma reunião de família que deveria ser alegre, Letícia Silveira foi surpreendida por Sérgio Pereira, que cobriu seus olhos, impedindo-a de ver o que estava acontecendo. Tudo o que ela conseguiu perceber foi um odor forte e desagradável...

Era como o cheiro da morte.

"Não olhe", disse Sérgio Pereira, com uma voz grave e rouca.

Letícia Silveira não ousou virar-se para trás nem por um momento.

Soube que, naquele instante, a matriarca da família havia desmaiado ao presenciar a cena.

Letícia Silveira e a criança foram levadas de volta à Mansão DurMinante.

Além de Letícia Silveira, todos na família Pereira ficaram com aquela cena inesquecível gravada em suas memórias.

Naquela noite, Júlio começou a ter febre alta.

Já era tarde, e as luzes da mansão ainda estavam acesas. Ela cuidava de Júlio, que estava deitado na cama com o rosto vermelho e a testa quente, claramente com febre alta.

Letícia Silveira limpava a testa de Júlio com um pano úmido enquanto o consolava suavemente: "Júlio, querido, não tenha medo, sua tia está aqui com você."

Sentada ao lado da cama, Letícia perguntou com seriedade, "Júlio, o que você viu naquele momento?"

Entre soluços, Júlio respondeu: "Buá buá buá... Tia linda, Júlio está com medo, muito medo, o homem foi todo cortado em pedaços, e sua cabeça caiu, tinha até bichos andando nela."

"Buá buá buá... A bisavó desmaiou de susto."

Não era à toa que Sérgio Pereira havia coberto seus olhos. Letícia Silveira nem queria imaginar como se sentiria se tivesse visto aquela cena. Provavelmente, seria um pesadelo do qual ela não conseguiria se livrar.

"Júlio, não tenha medo, vou pegar gelo para você."

"Eu não... Tia linda, não me deixe."

Já na sala, Sérgio Pereira ligou para o médico da família. Não demorou muito para que o Dr. Alexandre Oliveira chegasse e, após examinar a criança, prescreveu algum remédio para a febre e recomendou medidas para baixar a temperatura fisicamente. Letícia Silveira administrou o remédio a Júlio.

Alexandre Oliveira tirou o estetoscópio e olhou para o homem ao lado, exausto, "Depois de tudo que aconteceu na antiga casa dos Pereira, você ainda se preocupa em voltar aqui para ver essas pessoas que não têm nada a ver com isso. Sérgio, você realmente tem um grande coração."

"Desde quando você fala tanto?" Sérgio Pereira lançou-lhe um olhar de advertência, fazendo Alexandre Oliveira imediatamente se calar.

Mas ele falou novamente, "A situação da senhora não está boa, você deveria visitá-la quando tiver um tempo."

Sérgio Pereira respondeu, "Ela não vai morrer tão cedo."

O tom do homem era ainda frio e indiferente, como se estivesse falando de alguém sem importância.

Letícia Silveira colocou um copo d'água ao lado da cama e, parada na porta, ouviu a voz de Sérgio Pereira. Fingindo não ter escutado, ela entrou no quarto, "Irmão, já está tarde, você deveria descansar. Eu posso cuidar de Júlio, hoje à noite eu durmo com ele."

"Boa ideia, uma criança tão pequena realmente precisa de alguém por perto para cuidar, no máximo vai ser contagioso, mas não vai matar ninguém." Alexandre Oliveira disse sarcasticamente, mas parecia estar provocando Letícia Silveira de propósito.