Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 475

Naquela noite chuvosa, o que chegou não foi a ambulância, mas sim Marcos Rodrigues.

Sob a chuva, Letícia Silveira ficou surpresa ao ver os faróis brilhantes de um carro se aproximando.

Quando Marcos Rodrigues chegou dirigindo até a Mansão DurMinante, Letícia não fazia ideia de como ele tinha encontrado o local.

Marcos era especialista em fitoterapia, com habilidades notáveis em diagnósticos através do toque.

No momento em que Marcos se agachou ao lado dela, Letícia mal tinha se recuperado do choque, "Como você veio parar aqui?"

Júlio havia quebrado a perna, e Marcos estava ocupado fazendo uma imobilização.

Com a cabeça baixa, concentrado no que fazia, Marcos usou galhos para improvisar uma tala, já que não havia tábuas disponíveis, "Não sei se ele tem outros ferimentos internos. É melhor não movê-lo, vamos esperar pela ambulância."

A chuva se intensificou, molhando Marcos completamente, o que apertou o coração de Letícia.

Mas, logo a ambulância chegou.

Júlio estava deitado na maca, segurando a mão de Letícia com os olhos marejados, "Tia bonita, você prometeu que iria me ajudar a encontrar minha mãe, você não pode me enganar."

"Que tal fazermos uma promessa de dedinho?"

"Claro, promessa de dedinho."

Eles entrelaçaram os dedinhos e confirmaram com os polegares.

Dona Diana seguiu com a ambulância para o hospital, e Letícia voltou para o quarto para arrumar as roupas que Júlio usaria durante sua estada no hospital.

Com Dona Diana por perto, o menino estaria seguro.

Marcos estava encharcado, então Letícia o mandou tomar um banho. Em poucos minutos, enquanto ele estava no banheiro, ela procurou em suas coisas e encontrou roupas que Sérgio Pereira havia usado uma vez na favela Baía das Areias. Na última vez que partiu, ela acabou levando essas roupas com ela, pensando agora no quão esquecida ela havia sido.

Considerando a posição e o status atual de Sérgio, era impensável que ele voltasse a usar aquelas roupas.

Depois de trocar de roupas, Marcos apresentava um aspecto decente, já que o tamanho das roupas era similar ao de Sérgio Pereira.

Letícia sentou-se no banco do passageiro, observando a chuva ser varrida do para-brisa, "Você ainda não me disse por que veio."

Letícia saiu do carro assim que pararam.

Marcos a seguiu calmamente.

Chegando ao lobby, eles perguntaram em que andar ficava a sala de cirurgia.

Pegaram o elevador e, ao sair, foram recebidos por vozes irritadas vindo de um corredor próximo.

"Deixar você cuidar do menino e nem isso você consegue fazer direito, para que a família Pereira te mantém?" A voz era de vovó Pereira, envelhecida mas ainda ressonante.

"Vovó, não se pode culpar a Dona Diana por isso, foi apenas um acidente, e o Júlio não se machucou, está tudo bem agora." Helena Rocha interveio, e logo o tom de censura se voltou para Sérgio Pereira, "Sérgio, de qualquer forma, você não deveria ter trancado o Júlio no escritório. Ele é muito pequeno para entender, não tem noção…"

A pessoa que entrava parou seus passos.

Parece que somente Helena Rocha tinha coragem para repreender Sérgio Pereira na frente de tantas pessoas.

As famílias Rocha e Pereira estavam presentes, e realmente não era o momento para Letícia Silveira aparecer. Ao ver a enfermeira chegando com a bandeja de medicamentos, Letícia Silveira passou a bolsa que estava carregando para as mãos da enfermeira...