Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 570

Enzo Pereira agachou-se humildemente, batendo levemente nas pernas de Sérgio Pereira com as mãos, com um sorriso bajulador estampado no rosto.

"Sabe como é, irmão," ele disse com um tom repleto de elogios, "quem não sabe que, aqui no Distrito Federal, por mais que algumas pessoas pareçam bem-sucedidas, no final das contas, elas têm que agir de acordo com suas preferências. Basta um pequeno empurrãozinho seu nos bastidores para ninguém mais se destacar."

Nos olhos de Enzo Pereira, brilhava o desejo por poder e a admiração por Sérgio Pereira.

Aos vinte e seis anos, sendo filho da quarta esposa do vovô Pereira e compartilhando o sangue da família Pereira, ele estava bem ciente de sua posição instável dentro da família; em grande parte, tudo dependia da vontade de Sérgio Pereira.

"De qualquer maneira, o que mais confio é em você, irmão," continuou Enzo Pereira, "quando chegar a hora, estarei pronto para seguir suas ordens sem questionar."

Já fazia tempo que a influência da família Pereira se espalhara por Brasília, firmemente enraizada.

Pensar em reestruturar toda a ordem no Distrito Federal, ou mesmo dentro da família Pereira, não era tarefa fácil.

No entanto, assumir o lugar de Benedito Goulart não era uma tarefa menos desafiadora.

Sérgio Pereira colocou o pé no chão, sinalizando sua intenção de se levantar. Ao perceber, Enzo Pereira imediatamente se pôs de pé, ainda sorrindo: "Irmão, não quer se divertir mais um pouco? Recebemos algumas novas moças recentemente, todas cuidadosamente selecionadas, que com certeza vão te agradar. Que tal, eu mando chamá-las para você dar uma olhada?"

"Além disso, a saúde da cunhada não está boa, e não é bom para um homem ficar sem companhia feminina."

O olhar de Sérgio Pereira endureceu, lançando um aviso claro para Enzo Pereira. Percebendo que havia falado demais, Enzo Pereira rapidamente se autocensurou com um tapa na própria boca, "Ai, olha só o que eu fui dizer! Não leva a mal, irmão, eu só estava falando por falar."

Sérgio Pereira não respondeu, apenas lançou-lhe um olhar gelado antes de se virar para sair.

"Irmão, vá com calma."

Sérgio Pereira, com uma mão no bolso, afastou-se com passos largos. A porta da sala privada foi fechada atrás dele, mas ele não tinha andado muito quando parou ao ouvir vozes de escárnio vindo de dentro.

"Pff, quem ele pensa que é, sempre com essa cara séria, se achando."