Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 583

“No ano passado, durante o período das festas, você veio para Acre, não é verdade? Eu te vi no mercado, você estava com um jovem alto e forte. Eu estava vendendo legumes lá e até me senti envergonhado de te reconhecer.”

“Na sua segunda visita a Acre, eu te segui por um tempo até ter certeza de que era você. Depois disso, eu e alguns tios viemos te procurar aqui no Distrito Federal.”

“Chegando no Distrito Federal, estávamos completamente perdidos, então decidimos ir à polícia. Mostramos a eles uma foto sua e, incrivelmente, depois que os policiais ligaram para o Sérgio, nos trouxeram até aqui.”

“Ai, quem diria que, depois de deixarem o Distrito Federal, passariam tantos anos sem nos vermos. Vocês cresceram, se tornaram homens e mulheres... e agora estão vivendo nesta casa luxuosa.”

“Isso deve ter custado uma boa quantia, hein?”

Quando mencionaram dinheiro, Letícia Silveira já tinha uma ideia do motivo de estarem ali.

Sérgio Pereira havia lhe contado que, após o acidente dos pais, aqueles que se diziam amigos não ofereceram abrigo, e por isso tiveram que deixar Acre.

Naquele momento, Letícia Silveira pensou que ter Sérgio Pereira como família já era suficiente.

Então, ela decidiu não manter mais contato com os parentes do passado.

“Senhorita Letícia, seu chá de frutas.”

“Obrigada.” Letícia Silveira os observou. “Digam logo o que querem.”

Bianca Silveira começou: “Nós... é que...”

Benício Silveira, franzindo a testa, disse: “Já que viemos, vamos ser diretos.”

“Vou ser honesto com você, estamos aqui porque não temos outra escolha. O filho da sua tia sofreu um acidente de carro no ano passado e precisa de dinheiro. Juntando o que todos nós temos, ainda não é suficiente.”

“Mesmo que eu tivesse, não daria para vocês.”

“Ei, garota, como você ousa falar assim? Nós somos seus parentes mais velhos,” um deles, Diego Silveira, se levantou, claramente irritado.

O empregado interveio: “Senhor, não vai fazer nada? Se continuarem assim, podem danificar algo na casa. Se a madame souber, ficará furiosa.”

Com um olhar de Sérgio Pereira, o empregado imediatamente silenciou.

Diante da pressão, Letícia Silveira, sem opção, retirou um cartão da carteira: “Aqui está o dinheiro que eu consegui guardar. Tem cinco mil reais, o último que guardei para a universidade. Como vocês precisam urgentemente, podem ficar com ele.”

Letícia Silveira finalmente entendeu que, após o acidente dos pais, Sérgio Pereira fez a escolha certa em escondê-la e levá-la para um orfanato. Naquela época, ela tinha apenas cinco anos, e era possível que, por dinheiro, a vendessem. Ir para o orfanato foi a melhor decisão.