Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 588

"Jaime, além de pensar em você, eu realmente quero ajudar essa criança."

"Sérgio Pereira não tem espaço para Letícia, ela é apenas uma jovem de dezessete anos, sozinha e desamparada. Eu investiguei e descobri que Letícia foi expulsa pela família Pereira, não foi por vontade própria que ela saiu, mas porque a família Pereira não podia mais acolhê-la."

Sra. Goulart estendeu a mão, segurando a do jovem à sua frente, "Jaime, eu sei que você se importa com ela. Tudo o que você gosta, eu estou disposta a aceitar por sua causa."

"Contanto que ela queira vir para a Família Goulart, eu a tratarei como se fosse minha própria filha."

"Venha comigo..." Disse Sra. Goulart, enquanto puxava Jaime Goulart pela mão até o quarto ao lado do dele, "Olhe, isso foi tudo preparado para ela. As roupas sobre a cama, eu costurei cada peça para ela, e este cachecol, eu... tricotei durante três noites, um vermelho para você e um preto para ela."

O quarto, decorado com delicadeza, exalava um aroma feminino. No armário e até no vestiário, todas as roupas foram cuidadosamente selecionadas pela Sra. Goulart para todas as estações do ano... Além disso, havia também vários tipos de joias e bolsas, todos novos.

Sra. Goulart estava muito ansiosa pela chegada de Letícia Silveira.

Ela admitia seus próprios interesses pessoais, mas... mais do que isso, ela realmente gostava da menina.

Sra. Goulart sempre quis ter uma filha, mas após o nascimento de Jaime Goulart, devido à política de filho único, não pôde ter mais filhos.

Adotar Letícia era uma forma de satisfazer seu desejo de ter uma filha.

"... De que adianta falar tanto, se ela nem vai vir para a Família Goulart."

Sra. Goulart: "Ela virá, eu acredito que sim."

Jaime Goulart olhou para ela com os olhos vermelhos, "Tão certa?"

"Que métodos você vai usar desta vez para fazê-la voltar?"

Jaime Goulart destruiu com uma mão os presentes cuidadosamente preparados pela Sra. Goulart sobre a cama, "Vocês só a veem como uma ferramenta que pode ser usada."

Letícia Silveira preparou um prato de macarrão de forma indiferente e comeu um pouco.

Às onze e meia da noite, com os olhos ainda inchados de choro e as lágrimas secas, a luz do quarto permanecia acesa.

Ela pegou uma caneta e começou a fazer o dever de casa.

Pouco depois, um carro chegou ao prédio, e um homem desceu e entrou no elevador.

Letícia Silveira não tinha como saber, mas a porta já havia sido aberta. Uma figura sombria, carregando um olhar inquisidor, adentrou o escuro hall de entrada, direcionando seu olhar para o quarto ao lado, onde a luz ainda estava acesa. Lá, uma jovem sentava-se tranquila e aplicada diante da mesa, dedicando-se às suas tarefas escolares.

Letícia Silveira estava alheia ao fato de que, de repente, havia mais uma pessoa na casa.

Somente quando os passos se aproximaram cada vez mais, ela percebeu. Rapidamente, virou-se e, ao se levantar e reconhecer quem era, o medo inicial em seus olhos deu lugar a uma calmaria forçada. Ela tentou agir naturalmente, voltando a se sentar e a focar nos seus estudos.