Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 593

"\"Disso também. Senhorita Letícia, então não vou te incomodar mais. Lembre-se de comer o bolinho de arroz doce antes que esfrie.\"\nLetícia Silveira assentiu, \"Hum.\"\nDepois de terminar o bolinho de arroz doce, Letícia viu pela janela que o jovem já tinha partido de moto. Então, ela também pegou sua mochila e desceu as escadas.\nA empregada ainda estava arrumando a cozinha. \"Senhorita Letícia, vai sair a esta hora?\"\nLetícia Silveira, com a mochila pendurada em um ombro, assentiu novamente, \"Hum.\"\nSabendo que Letícia estava indo encontrar Jaime Goulart, a empregada não fez mais perguntas.\nQuando um táxi chegou, Letícia entrou e partiu.\nAinda nevava lá fora. Após mais de uma hora de viagem, o táxi parou em frente a uma pequena lanchonete num beco. Letícia pagou o motorista e entrou apressadamente no estabelecimento. Ao abrir a porta, foi recebida por uma onda de calor.\nEram nove e meia da noite.\nA essa hora, o local já estava quase vazio.\nMarcos Rodrigues estava de costas para a porta. Letícia se aproximou sorrateiramente e cobriu seus olhos com as mãos, \"Adivinha quem é?\"\nMarcos Rodrigues respondeu: \"Minha namorada.\" Seus lábios esboçaram um sorriso.\nEle segurou as mãos frias dela com as suas, que eram largas e quentes, dissipando o frio. \"Suas mãos continuam tão quentes.\"\n\"Por que veio para Brasília tão cedo hoje?\"\nLetícia tinha recebido uma mensagem de última hora de Marcos, por isso veio correndo ao seu encontro. Quase caiu ao sair de casa.\nMarcos ajeitou seus cabelos em desalinho. O rosto jovem e pálido dela estava levemente avermelhado pelo frio. Ela usava um cachecol que Marcos havia deixado em seu quarto na última vez.\n\"Eu deveria chegar amanhã, mas de repente senti saudades e vim.\"\n\"É mesmo!\" Letícia sentiu como se tivessem passado mel em seu coração. Seu sorriso se alargou, deixando suas covinhas à mostra. \"Eu também estava com saudades.\"\nLetícia se inclinou para perto dele, quando...\n\"A sopa chegou, cuidado para não se queimar.\" O dono da lanchonete saiu da cozinha com duas tigelas de sopa.\nMarcos, notando o pequeno gesto dela, disfarçou com um sorriso.\n\"Vamos comer, amanhã ainda temos aula.\"\n\"Tá bom.\" Letícia pegou dois pares de pauzinhos, passando um para ele.\nEle perguntou: \"Está feliz na casa dos Goulart?\"\nLetícia respondeu: \"Não importa onde eu esteja, para mim é indiferente. Mas a Senhora Goulart tem sido muito boa comigo, sei que tudo isso é por causa de Jaime Goulart, mas não me importo.\"\n\"Só de pensar que você está aqui, já me sinto melhor.\"\nMarcos entendia a situação dela. Para ele, enquanto o coração dela estivesse com ele, Jaime Goulart não significava nada.\nJustamente por entender, Marcos não se intrometia demais nos assuntos dela.\nSe ela não queria falar ou fazer algo, Marcos nunca a pressionava.\nEm frente à lanchonete, um grupo de amigos passava pelo beco, de braços dados. Um deles, com os cabelos tingidos de amarelo, lançou um olhar casual para dentro do estabelecimento e avistou uma figura familiar: \"Vejam só, não é a namorada do Jaime Goulart?\"\n\"O que ela está fazendo com outro homem?\"\nOutro do grupo ficou chocado: \"Nossa, quem teria a coragem de trair o Jaime Goulart?\"\n\"Ela está brincando com a própria vida!\""