Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 625

Sob o chuveiro, o fluxo morno da água caía do topo de sua cabeça, tentando lavar toda a sujeira deixada pelo homem em seu corpo. Ela esfregava sua pele incessantemente, cada vez com mais força, como se quisesse limpar cada centímetro de si mesma.

Conforme o tempo passava, a empregada, ouvindo o barulho constante vindo do quarto, preocupou-se que algo tivesse acontecido.

Então, ela decidiu verificar, batendo na porta do banheiro.

"Senhorita Letícia, você está aí?"

Letícia Silveira foi abruptamente trazida de volta à realidade, olhando alarmada para a porta, "Não entre!"

A empregada, ainda preocupada, perguntou, "Senhorita Letícia, você está aí faz muito tempo. Por favor, venha para fora logo, cuidado para não pegar um resfriado."

"Eu sairei em um momento." Ela respondeu, sem expressão.

A garota saiu do banho, seu corpo nu mostrando marcas vermelhas cobrindo os traços anteriores, e algumas áreas estavam marcadas por arranhões que ela mesma fez.

Talvez apenas essa dor poderia trazer algum conforto para ela.

Quando Letícia Silveira se vestiu e saiu, encontrou uma visita inesperada em seu quarto, Jaime Goulart sentado diante de sua penteadeira, mexendo nos itens que Sérgio Pereira havia deixado para ela. Ele estava olhando algumas fotos, examinando-as uma por uma.

"Jaime Goulart, já disse que deve bater na porta antes de entrar. Sem permissão, não pode mexer nas minhas coisas."

Letícia Silveira se aproximou e, ao ver as fotos, parou perplexa.

Era isso que Sérgio Pereira queria lhe mostrar?

Essas fotos coloridas e desbotadas, uma mulher de vinte e poucos anos vestindo um longo vestido vermelho com bolinhas, sua beleza serena realçada por um batom vibrante, cabelos negros e ondulados caídos sobre um ombro, olhando ternamente para um bebê em seus braços.

Ao lado da mulher, um homem vestido de terno e gravata, de aparência gentil e erudita, parecendo honesto e simples, abraçando a cintura dela.

E um adolescente, sem expressão no rosto, seus olhos vazios de emoção, mas carregando uma aura de autoridade, ficava entre o homem e a mulher. Era Sérgio Pereira.