Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 702

Esses dias, ela não fez nada além de desenhar, o que costumava fazer quando estava entediada.

Ela não impedia a entrada de ninguém em seu quarto. A Sra. Goulart a visitou, assim como Jaime Goulart, mas sua natureza já distante fazia com que ninguém conseguisse lidar com ela.

Então, a porta do quarto se abre, “Senhorita Letícia, este é um bolo de pera que a senhora fez especialmente para você experimentar.”

Letícia Silveira: “Por que hoje é você, cadê a Dona Paula?”

A voz era jovem, aparentando ter menos de trinta anos.

“Dona Paula está ajudando a senhora na cozinha, Senhorita Letícia, prove logo antes que perca o sabor.”

Antes que Letícia Silveira pudesse responder, a visitante já estava ao seu lado, “Senhorita Letícia, o que você está desenhando? Está muito bonito.”

A visitante olhava atentamente para o desenho de Letícia Silveira, como se tentasse decifrar algo nele.

“Senhorita Letícia, posso ficar com este desenho? Você desenhou uma casa? Nunca vi algo tão único, o céu escuro com chuva e ainda um arco-íris no horizonte. Separadamente parece estranho, mas juntos, é realmente artístico.”

Letícia Silveira: “Se você quer, pode levar.”

“Obrigada, Senhorita Letícia.”

“Ah, e isto é o remédio que a senhora pediu para eu trazer, não se esqueça de usar.” dizendo isso enquanto pegava outro desenho de Letícia Silveira, ela já estava saindo.

Letícia Silveira olhava para o pote de pomada de alabastro ao lado, com um olhar levemente distraído...

Quando Kelly Garcia desceu, a Sra. Goulart, ansiosa, veio perguntar, “Já acabou? Como está a Letícia? Ela disse algo?”

“Fiz algum progresso, mas essas coisas levam tempo. Afinal, sua filha nem imagina que a mãe contratou uma terapeuta para ajudá-la psicologicamente. Vou guardar este desenho e voltarei amanhã, então lhe contarei mais.”

Sra. Goulart: “Muito obrigada.”

Kelly Garcia: “Imagina, é meu trabalho.”

Kelly Garcia: “Difícil dizer, mesmo sabendo que ela tem problemas, com uma paciente que não coopera, não tenho muito o que fazer, só posso avançar lentamente até que ela decida falar.”

"...mas também, olhando bem, ela deve ter só dezesseis ou dezessete anos. Diante de uma situação dessas, não é só falar sobre, imagino que até dormir deve ser difícil para ela."

"Quando se depara com algo assim, mais do que o acompanhamento de um psicólogo, o que realmente faz a diferença é o apoio da família. Estar ao lado dela, guiando-a devagar, estar presente."

"Assim, os grandes problemas psicológicos são resolvidos pouco a pouco, de maneira natural."

Alexandre Oliveira: "Certo, entendi."

"A mãe dela parece cuidar bem dela, vindo de uma família com recursos, até se dá ao trabalho de cozinhar para ela todos os dias. Acho que não deve haver grandes problemas."

"Será que vocês estão pensando demais?"

"Talvez ela esteja bem, de verdade!"