Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 725

O motorista mudou de direção, passando justamente em frente à entrada da Escola Superior Nunes Elegância.

Foi nesse momento que um carro esportivo familiar estacionou com toda a audácia em frente à escola. Enquanto esperava os pedestres passarem, Patrícia, dentro do conversível, com óculos escuros, abraçou o pescoço de Jaime Goulart. Separados por apenas meio metro, Patrícia levantou o olhar e encontrou os olhos de Letícia Silveira, que também a observava. Com os lábios vermelhos num sorriso provocador, o olhar de Patrícia desafiava.

Letícia Silveira recuou seu olhar com indiferença, sem pronunciar uma palavra, enquanto o motorista também observava a cena, “Isso... Sr. Goulart ainda está com essa mulher!”

“Letícia, senhorita…”

“Você não vai fazer nada?”

Como se nada tivesse acontecido, Letícia Silveira desviou o olhar novamente, “Vamos voltar.”

Ao regressar à Família Goulart, a Sra. Goulart estava na cozinha preparando um caldo de galinha. Ao ver Letícia Silveira voltar de mãos vazias, perguntou, “Você não foi pegar algumas coisas?”

Letícia Silveira com um leve sorriso, respondeu, “Eu vi que a maioria das coisas não era útil e mandei jogar fora.”

“Ah, entendi! Bom, se precisar de algo, é só falar comigo. Venha provar o caldo de galinha que preparei, usei algumas ervas medicinais como você sugeriu da última vez, não sei se ficou bom.”

Letícia Silveira estava prestes a recusar, mas ao ver a preocupação da Sra. Goulart, engoliu suas palavras de recusa.

“Certo.”

A Sra. Goulart serviu uma tigela do caldo e cuidadosamente removeu os ossos da coxa de galinha, colocando a carne na tigela de Letícia, “Este frango foi preparado hoje de manhã, pensei em você voltando, então cozinhei na hora certa.”

“Como está o sabor, está bom?”

O cuidado da Sra. Goulart dissipou grande parte do desânimo de Letícia Silveira...

Se não fosse por causa de Jaime Goulart, entrar na Família Goulart, ter uma ‘mãe’ assim seria maravilhoso.

Se minha mãe ainda estivesse viva, será que...

Poucos minutos após desligar a ligação, Carlos Lage recebeu uma chamada da agência reguladora, atendendo com subserviência, tentando contornar a situação com leviandade, “...Sim, sim, nós sempre cumprimos a lei, invadir redes não é algo que faríamos.”

“Desculpe o transtorno causado à Srta. Silveira, vamos verificar e resolver imediatamente, bloqueando as mensagens de spam para garantir que isso não se repita.”

A desculpa de Carlos Lage era que, acidentalmente, enviaram uma quantidade imensa de mensagens de spam para usuários registrados, e a agência se contentou com um aviso verbal.

Ao ouvir que tudo estava bem, Carlos Lage também respirou aliviado. Após desligar o telefone, ele viu Marcos Rodrigues ao lado, silenciosamente arrumando as coisas, recolhendo do chão tudo que havia caído, inclusive as roupas velhas que Letícia Silveira já não usava mais. Ele tirou o pó com as mãos, dobrando cada peça cuidadosamente antes de colocá-las numa caixa.

“...O que aconteceu hoje foi culpa minha, eu errei.”

“Eu deveria ter sabido que ao ver Letícia, Juliana Lima reagiria como se tivesse engolido fogos de artifício. Não deveria ter permitido que ela viesse.”

Vendo o semblante abatido dele, Carlos Lage se sentiu extremamente culpado. Com irritação, ele coçou a nuca, “Que tal se eu for explicar a situação para Letícia? Você e Juliana Lima não têm nada a ver um com o outro!”

Juliana Lima, que acabara de voltar de fora com água, ouviu as pessoas dentro de casa falando sobre si. Ela se escondeu discretamente atrás da porta.