Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 752

Não sei se foi de propósito, mas Jaime Goulart dirigia com uma mão no volante, olhando para trás, e freou bem próximo ao Maybach envolvido, onde a discussão entre os motoristas e a polícia de trânsito já esquentava. O motorista do acidente estava visivelmente agitado, e pelo tom de voz, não parecia disposto a deixar barato.

Jaime Goulart abriu a porta do carro e desceu, dizendo: "Olha só quem é, se não é o tio Luan. Como assim seu carro foi atingido?"

Jaime Goulart tinha fama de causar confusões. De policiais a agentes de trânsito, quem não conhecia esse 'demônio'? Quem se encontrava com ele só podia lamentar em silêncio.

Um dos presentes o reconheceu. "Sr. Goulart, você o conhece?"

Letícia Silveira, sentada no banco do passageiro, observava Jaime Goulart. Acostumada com sua seriedade e temperamento explosivo, ela ficou surpresa com sua postura relaxada e descompromissada. A maneira como ele chamou Luan de 'tio' fez o rosto deste último escurecer imediatamente.

Letícia Silveira, abraçando um gatinho, afagava seu pelo enquanto observava a cena, seus olhos curvando-se involuntariamente.

"Este é nosso motorista recém-contratado. O tio Pereira no carro está bem? Precisa de uma ambulância?"

Todos se lembraram de quem estava no carro e imediatamente a atmosfera se tornou tensa. Estamos falando de Sérgio Pereira.

Que azar, bater justo no carro de Sérgio Pereira.

"Se ele se machucou, com a idade que tem, vai precisar de repouso prolongado."

Luan falou seriamente. "Sr. Goulart, cuidado com suas palavras."

Jaime Goulart, com as mãos nos bolsos e um ar de desprezo, disse: "O que eu disse de errado? Tio Pereira é bem mais velho que eu, já tem até filhos. Chamar ele de tio está errado?"

"Ou será que a família Pereira gosta mesmo é de abusar do poder?"

"Minha filha tem problemas cardíacos, e minha esposa é surda-muda. Dependemos do meu trabalho como motorista. Não consigo pagar essa quantia."

"Se não se importar, posso pagar aos poucos."

Por que o destino insiste em testar os mais sofridos?

O chefe da polícia de trânsito interveio após ouvir o homem, comovido com sua história. Após algumas palavras de apaziguamento, o motorista teve apenas pontos deduzidos na carteira, isentando-o de multas.

O motorista assinou o documento de isenção, agradecendo: "Muito obrigado, jovem. Você é uma boa pessoa."

No caminho de volta, Jaime Goulart olhou para a pessoa ao seu lado. "Não vai me elogiar? No que está pensando?"