Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 767

Falando nisso, Jaime Goulart já se inclinava, e Letícia Silveira estendia a mão para ajustar a manga da camisa dele, ajudando-o a vesti-la. "No momento em que a Sra. Goulart desmaiou, Jaime Goulart... no que você estava pensando?"

Jaime Goulart: "Pensar no quê? Não tem o que pensar."

"Você não disse? Não é como se fosse morrer."

Letícia Silveira reprimia a amargura em seu coração, "Mas as pessoas envelhecem, adoecem e morrem, sempre nos deixarão."

"Eu não tenho a sua sorte, de ter uma mãe que... te aceita incondicionalmente."

Os dois continuaram caminhando em silêncio, sem sugerir um destino ou mencionar voltar para casa.

Apenas seguiam em frente, guiados pelos postes de iluminação.

"Eu só tenho memórias fragmentadas com minha família até os cinco anos de idade. Depois que meus pais sofreram um acidente, fui enviado para um orfanato. Quem diria... eu mal havia ficado lá por seis meses quando um incêndio ocorreu, quase me matando. Mas por sorte, sobrevivi. Depois de escapar do incêndio no orfanato, eu... comecei a viver com Sérgio Pereira, que praticamente me criou. Vivíamos de maneira precária, nem sequer frequentar a escola era possível, que dirá ter o suficiente para comer. Até os doze anos, eu me lembro claramente de querer sobreviver, só podia coletar garrafas de água mineral para ganhar algum dinheiro, conforme uma senhora idosa me ensinou. Durante esse tempo, Sérgio Pereira parecia ter evaporado, eu não conseguia encontrá-lo de jeito nenhum, ele me disse para ficar esperando por ele em um pequeno e deteriorado apartamento alugado, e eu esperei, ano após ano, até que aos dezesseis anos, ele... voltou, mas tinha mudado. Não era mais tão próximo de mim, mas ele era a única família que eu tinha, o que mais eu poderia fazer?"

"Antes disso, ele era a pessoa que eu considerava a mais importante do mundo, não importava onde estivesse, eu estaria lá... contanto que ele não me abandonasse, eu faria qualquer coisa."