Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 779

"Estou cansado, podemos falar sobre isso amanhã."

Sérgio Pereira entrou no hall de entrada, sua dor de cabeça atacou novamente. Com dedos bem definidos, desabotoou o paletó e entregou-o a um dos empregados, que, na ocasião, foi Caroline Pereira quem tomou a iniciativa de receber o casaco de Sérgio Pereira.

Caroline Pereira, com preocupação e cuidado, instruiu o empregado: “Prepare um copo de água quente para ele e veja se há algum remédio. Leve para o senhor.”

Empregado: “Claro, Srta. Pereira.”

Caroline Pereira sabia que ele tinha um problema crônico de dor de cabeça, geralmente resolvido com analgésicos de maneira improvisada. Mas ela sabia que analgésicos não eram solução a longo prazo. Assim, Caroline Pereira consultou um médico que prescreveu alguns remédios tradicionais, com menos efeitos colaterais.

“Mãe, por que papai não fala comigo? Será que aquela mulher má fez algo para irritá-lo novamente?”

Caroline Pereira: “Júlio, seu pai só está com dor de cabeça, muito cansado. Ele vai ficar bem depois de descansar um pouco.”

Júlio: “Não é isso! Quando papai está com dor de cabeça, sempre tem uma tia bonita massageando a cabeça dele, e ele fica tão confortável. Agora, a tia bonita sumiu, e faz tempo que não vejo papai feliz.”

“Mãe, por que a tia bonita teve que ir para a casa de outra pessoa?”

Caroline Pereira não soube o que responder.

…

Após o jantar, a Sra. Goulart fez questão de preparar pastéis. Tanto o recheio quanto a massa foram feitos por ela mesma.

Letícia Silveira, curiosa, observava atentamente, enquanto Jaime Goulart foi mandado para o quarto fazer lição de casa.

“...sabe fazer pastéis?”

Letícia Silveira negou com a cabeça, “Eu só vi pessoas fazendo em restaurantes antes.”

Sra. Goulart: “Quer aprender? Eu te ensino.”

“Obrigada, Srta. Letícia, pode deixar comigo, vá fazer suas coisas, eu me viro.”

Por acaso, Letícia Silveira viu um álbum de fotos e, curiosa, começou a folhear, mas ao abrir, várias fotos caíram em pedaços. Não só isso, mas havia também uma foto rasgada ao meio. Não era a única; todo o álbum estava assim.

“O que aconteceu com essas fotos? Por que estão todas rasgadas?”

O empregado disse em voz baixa, “Foi a senhora quem fez isso.”

Três anos atrás, o Sr. Goulart envolveu-se em uma briga séria, e o senhor acabou batendo nele. Isso enfureceu a senhora, que teve uma discussão feroz com seu marido, a mais intensa de todas. Foi por causa dessa briga que o senhor ficou um longo período sem voltar para casa. Esses são momentos tristes que a senhora prefere não lembrar, então, por favor, Letícia, nunca mencione isso na frente dela. A maioria dessas fotos são do Sr. Goulart, incluindo algumas em que a senhora o segura nos braços, tiradas quando ele completou um mês de vida. Infelizmente, muitas dessas fotos foram danificadas ao longo dos anos, armazenadas no depósito da antiga residência, e é provável que a senhora até tenha se esquecido delas. Meu receio é que relembrar esses momentos tristes possa afetá-la novamente, por isso pensei em nos desfazermos delas.

Letícia Silveira também notou, nas fotos, a jovem Sra. Goulart, que parecia uma dama nobre de pinturas clássicas, com uma postura elegante e digna, e um olhar vigoroso – algo raro entre as mulheres. Ela vinha de uma família distinta, mas acabou casando-se com alguém tão problemático...

Mas, afinal, todos nós podemos nos enganar sobre as pessoas em algum momento.