Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 800

No abismo, lutando e rugindo, mas acorrentado por uma corrente invisível, incapaz de fazer qualquer coisa, sem saber o que fazer. É assim que as pessoas são, encurraladas até o limite, até mesmo a pessoa que mais importa pode dizer as palavras mais venenosas deste mundo. Jaime Goulart, ao ouvir que Letícia Silveira queria partir, não conseguiu se controlar, "Então, vou prendê-la para sempre, ela não irá a lugar algum." Ele fixou o olhar no corredor onde a figura dela já havia desaparecido, murmurando para si mesmo.

“Jaime, mesmo com raiva, não podemos dizer essas coisas que ferem o coração das pessoas que nos importam.”

“Mãe... Eu prometi para Letícia, se ela realmente quiser nos deixar, mãe, eu não a impediria.”

Jaime Goulart: “Sem ela, eu morrerei!” A Senhora Goulart estava tão aturdida que não sabia o que dizer...

O conflito entre eles estava tão intenso que a Senhora Goulart percebeu que Letícia estava realmente desapontada com as palavras de Jaime, significando que todo o amor que tinham antes foi em vão por causa dos eventos de hoje. O quarto de Letícia Silveira estava trancado, e a última chave estava com ela. Todos estavam preocupados com Jaime Goulart, que se fechou no quarto sem comer, agindo de uma maneira que parecia pressionar Letícia Silveira a ceder. Exceto por Letícia Silveira, que estava focada em seus livros, não deixando os assuntos externos a perturbarem. Ela comia quando era hora de comer, bebia quando era hora de beber.

Ao meio-dia, Letícia Silveira desceu com um livro na mão, comendo enquanto lia. A Senhora Goulart ainda estava preocupada com a greve de fome de Jaime Goulart, mas apenas Letícia não se importava, continuava comendo tranquilamente sua refeição, sendo a única na mesa do jantar naquele dia. À noite, Jaime Goulart ainda não tinha descido, fazendo barulho propositalmente no andar de cima, quebrando tudo. Ele não tinha superpoderes, isso era verdade, mas ter uma doença mental, sim, era verdade.

Todos estavam preocupados em não pisar nos cacos de vidro espalhados pelo chão, tentando não machucar Jaime Goulart enquanto limpavam a bagunça que ele tinha feito, sem se atrever a perder um segundo sequer. No entanto, nesse momento, Letícia Silveira já havia arrumado suas coisas, arrastando sua mala para fora do quarto, recolocando a chave na fechadura. Todos estavam tão preocupados com o príncipe que ninguém ouviu o som das rodinhas da mala deslizando pelo chão.

Na frente do grande pátio com grades de ferro, Marcos Rodrigues tinha acabado de chegar. Descendo do carro, pegou a bagagem das mãos de Letícia Silveira, que já havia tomado o assento do passageiro. Após fechar a porta do bagageiro, Marcos Rodrigues se sentou no assento do motorista. Letícia Silveira, com o humor abatido, recostou-se na janela, observando o muro que se afastava cada vez mais.

O silêncio foi rapidamente interrompido. "Na última vez no hotel, quando você voltou? Por que não me mandou uma mensagem?" Letícia Silveira não queria tocar naquele assunto da noite, nem queria que Marcos Rodrigues pensasse demais ou se preocupasse. Então, ela inventou uma desculpa qualquer, afinal... ela sabia que, qualquer coisa que dissesse, Marcos Rodrigues acreditaria.