Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 916

Jaime Goulart deveria saber melhor do que eu, que a Patrícia de antes, mesmo com todos os seus defeitos, quando você gostava dela, podia ignorar cegamente todos eles. Eu e... ele superamos tantos anos juntos. Há coisas que eu quero ouvir dele diretamente."

"Patrícia? Será que enquanto ela existir, você sempre se importará?" Os olhos de Jaime Goulart se encheram de uma pressão intensa, fixando-se nela com um olhar que irradiava um leve perigo.

Letícia Silveira notou as veias saltadas nas costas de suas mãos segurando o volante, "Não é isso que eu quis dizer." Sua voz perdeu um pouco da aspereza.

"Não é isso? Patrícia está morta, e você acha que podemos simplesmente agir como se nada tivesse acontecido?" A voz reprimida de Jaime Goulart tornou-se gradualmente mais frenética.

"Já faz tanto tempo, você vai continuar com isso? Eu já disse! Eu a tratei como se fosse você, como você! Você entende?!"

Sua voz crescia em intensidade a cada palavra.

"Tratá-la como se fosse eu? Não esqueça, quando você estava com a Patrícia, como você me maltratava!" Letícia Silveira enfrentou seus olhos ardentes, mas ao contrário de sua emoção intensa, ela estava tranquila como um lago profundo.

Ao ouvir essas palavras, Jaime Goulart desviou o olhar, e Letícia Silveira continuou: "Eu posso viver sob o mesmo teto que você como se fôssemos família, mas isso não significa que eu posso simplesmente esquecer o que aconteceu, como se nunca tivesse ocorrido."

"Mesmo sem a Patrícia, eu já tenho... Marcos Rodrigues!"

"Desculpe, Jaime Goulart!"

"Quando se trata de sentimentos, não se pode forçar. Gostar é gostar, não gostar é não gostar." Letícia Silveira também temia que ele fizesse algo irracional, "Sempre te considerei como família, e ao dizer isso... é só que não quero te enganar!"

"Se você insiste em ser assim." Letícia Silveira virou-se para olhar pela janela do carro, "Faça o que quiser."

Algumas coisas, se não forem ditas agora, eventualmente terão que ser reveladas.

Marcos Rodrigues pegou os documentos das mãos da enfermeira, anotando o tempo de visita e o nome.

Enfermeira: "Você só tem dez minutos, o paciente está muito instável no momento, e se você se machucar, o hospital não se responsabilizará."

Marcos Rodrigues: "Agradeço."

No corredor do hospital psiquiátrico, sob a luz esverdeada, uma brisa passava trazendo consigo um silêncio sepulcral. As luzes de sensor no teto só acendiam com a passagem de alguém, dando ao hospital uma atmosfera sinistra.

"Entre, tem alguém lá. Quando o tempo acabar, eles te levarão para fora."

A enfermeira pegou a chave para abrir a porta e Marcos Rodrigues entrou no quarto escuro do hospital. Viu a Sra. Alves, também conhecida como Cai Yuying, vestindo uma roupa de paciente, completamente desorientada e acorrentada dentro do quarto, com apenas um colchão no chão.